
Caracterização dos idosos internados por doença respiratória aguda em um hospital escola terciário
Author(s) -
Vivian Romanholi-Cória,
Ingrid Helen Grigolo,
Verena Mattos Mutter,
Gabriela Schimidt Defende,
Luis Lemos Moras,
Stephanie Tairowite Morales,
Larissa Helena Marques Carrai,
Ana Laura Oliveira Dias,
Nauyla Miranda da Costa,
Alexandre Andrade Budin,
Camila Dias Rodrigues,
Renata Borges Marchiori,
Danilo Tacinari Sasso,
Andre Gaiotto Calocini,
Juliana Cristina Lima,
Andreia Reis,
Fátima Grisi Kuyumjian,
João de Castilho Cação
Publication year - 2017
Publication title -
revista de medicina
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1679-9836
pISSN - 0034-8554
DOI - 10.11606/issn.1679-9836.v96i2p94-102
Subject(s) - medicine , gerontology , humanities , philosophy
Objetivo: Caracterizar o perfil sociodemográfico, clínico e de fatores de risco de idosos internados por Doença Respiratória Aguda (DRA) no Hospital de Base de São José do Rio Preto. Metodologia: Pesquisa quantitativa, descritiva e retrospectiva, com dados coletados através da análise de 94 prontuários médicos de idosos com idade igual ou superior a 60 anos, internados no período de agosto de 2012 a setembro de 2013 por DRA no Hospital de Base de São José do Rio Preto. Resultados: O estudo identificou que entre os 94 idosos internados por DRA, 56,4% eram homens (n=53), com 76 anos de idade ou mais (55,3%), brancos (88,3%), casados (54,2%), com baixa escolaridade (19,1% não alfabetizados e 53,3% com até 4 anos de estudo), portadores de pelo menos uma comorbidade (83%), e apresentavam pelo menos um fator de risco para DRA como tabagismo e/ou desnutrição. Dos classificados com dependência funcional, a maioria eram idosos acima dos 75 anos. Quanto à situação cognitiva, menos da metade dos idosos apresentava algum déficit relatado em prontuário, e entre estes a maioria era maior de 75 anos. Mais de 70% dos pacientes (n=68) receberam alta com melhora, sendo que mais da metade (n=38) tinham 75 anos de idade ou menos. Do total, 17 pacientes evoluíram a óbito, sendo que destes, 88,2% (n=15) tinham acima de 75 anos. Após a alta médica, um pequeno número de pacientes (n=11) foram contra-referenciados às suas Unidades Básicas de Saúde de origem. Conclusão: Os resultados do estudo apontam para a importância de se reforçar as redes de cuidados voltadas aos idosos comprometidos por DRA, especialmente aqueles com idade avançada, fatores de risco presentes, comorbidades associadas, dependência funcional e déficit cognitivo, devido à alta probabilidade de má evolução. A capacitação dos profissionais de saúde dos diferentes níveis de atenção à saúde e a criação de estratégias para educação da população são ações fundamentais para a consolidação destas redes de cuidados e, consequentemente, auxiliar na prevenção e no diagnóstico precoce, visando à redução das internações e a mortalidade por DRA.