
Síndrome da morte súbita infantil em Pelotas de 2006 a 2013: uma análise descritiva
Author(s) -
Rafaella de Lima Lorea,
Maurício Castro Pilger,
Milton Luiz Ceia
Publication year - 2017
Publication title -
revista de medicina
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1679-9836
pISSN - 0034-8554
DOI - 10.11606/issn.1679-9836.v96i1p27-31
Subject(s) - medicine , humanities , philosophy
A Síndrome da Morte Súbita Infantil (SMSI) ocupa a oitava posição entre as causas de anos potenciais de vida perdidos e as primeiras posições como causa de mortalidade infantil pós-neonatal em países desenvolvidos1. O presente estudo objetiva conhecer as características socioepidemiológicas das crianças que foram a óbito por SMSI no município de Pelotas. Estudo observacional, retrospectivo, descritivo baseado nos dados da Secretaria Municipal de Saúde coletados através da aplicação de Fichas de Investigação de óbitos padronizadas pelo Ministério da Saúde de todos os casos de SMSI que ocorreram do ano de 2006 a 2013 em Pelotas, RS. Houve 37 óbitos registrados no período, o que representa um coeficiente de mortalidade por SMSI de 1,5 por mil. A média de idade materna foi de 23,5 anos (dp=5,2), 29 (78%) eram fumantes e 23 (62%) concederam aleitamento materno exclusivo até a data do óbito, 28 (76%) tiverem seus bebês nascidos a termo. Dentre os 37 casos, 16 (43%) vieram a falecer com menos de 1 mês de vida, 26 (70%) dormiam junto aos pais e 23 (61%) em decúbito lateral, enquanto que apenas 2 (5%) em decúbito ventral e 16 (43%) dos casos de SMSI ocorreram durante o inverno. O presente estudo é o único que abrange tamanha amostra (37 casos) de SMSI na cidade de Pelotas, a qual apresenta um coeficiente de mortalidade por essa patologia semelhante aos mais altos encontrados na literatura. Portanto, políticas públicas que visem a prevenção de SMSI em Pelotas são necessárias.