
Relação entre uso do telefone celular antes de dormir, qualidade do sono e sonolência diurna
Author(s) -
Carine Cristina Moraes de Freitas,
Agda Lopes Donabella Marconi Gozzoli,
Juliaomi Konno,
Vera Lucia Ribeiro Fuess
Publication year - 2017
Publication title -
revista de medicina
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1679-9836
pISSN - 0034-8554
DOI - 10.11606/issn.1679-9836.v96i1p14-20
Subject(s) - humanities , physics , sleep quality , psychology , art , neuroscience , cognition
OBJETIVO: Verificar alteração na qualidade e duração do sono, assim como na sonolência diurna após os alunos se absterem do uso do telefone celular próximo ao horário de dormir. METODOLOGIA: Comparou-se a mesma população de estudantes de medicina em duas ocasiões: em uso normal do aparelho e após ficar sem usá-lo uma hora antes de dormir durante 15 dias. A amostra foi composta por 76 estudantes de medicina, do 1º ao 4º ano, com idades entre 17 e 40, que se voluntariaram a participar da pesquisa e assinaram o TCLE. Como instrumentos de coleta de dados, foram utilizados os questionários: Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI), Escala de Sonolência de Epworth (ESE) e um instrumento para avaliar o uso do celular desenvolvido para esta pesquisa. Para análise estatística, foi utilizado o teste t-student pareado não-paramétrico, sendo adotado um p<0,05 como nível de significância. RESULTADOS: Foram observadas mudanças significativas nos resultados do PSQI (p<0,01) com melhora da qualidade do sono em 65,7% dos participantes (média pré 8,2 ± 2,9/média pós 6,4 ± 2,7). Também se observou mudança significativa nos escores da ESE (p<0,01), com diminuição da sonolência diurna em 85,5% dos participantes (média pré 8.9 ± 3,3/média pós 5,1 ± 2,7 pontos). DISCUSSÃO: Houve significativa melhora tanto na qualidade do sono dos voluntários quanto na sonolência diurna. Um importante fator a ser considerado é que a restrição dada aos voluntários foi somente com relação ao uso do celular, não estando incluídos outros aparelhos eletrônicos. Também não foi levada em consideração neste estudo a ansiedade gerada pela intervenção. Ambos os fatores podem ter relação com os casos de piora ou manutenção dos escores. Com a restrição do uso do aparelho celular por uma hora antes de dormir por um período de 15 dias, foi possível notar mudanças estatisticamente significativas no sono dos participantes.