
Apendicectomia aberta versus videolaparoscópica em crianças: estudo prospectivo em hospital público terciário
Author(s) -
Andressa Zabudowski Schroeder,
Paula Adamo de Almeida,
Gabriela Romaniello,
Melina Paula de Araújo Meskau,
Bruna Caroline Moreira de Castilho,
Leilane de Oliveira,
Adria Karina Farias de Aquino,
Carolina Marquetto Tognolo,
Gustavo Gomes Oliveira,
André Dias,
Camila Girardi Fachin
Publication year - 2021
Publication title -
revista de medicina
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1679-9836
pISSN - 0034-8554
DOI - 10.11606/issn.1679-9836.v100i5p442-448
Subject(s) - medicine , gynecology
Introdução: Apendicectomia é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados em crianças e é a terapia de escolha no tratamento da apendicite aguda. Há evidências na literatura que favorecem a realização da cirurgia pela via laparoscópica em detrimento da via aberta na população pediátrica. Objetivo: comparar a apendicectomia aberta e laparoscópica no tratamento da apendicite aguda em crianças em um hospital terciário público do Brasil. Métodos: estudo observacional prospectivo comparando apendicectomias abertas e videolaparoscópicas realizadas em pacientes pediátricos com apendicite aguda atendidos entre março/2017 e março/2018. Foram analisados aspectos epidemiológicos; pré-operatórios (clínica, exames laboratoriais e de imagem, tempo entre admissão e procedimento); intra-operatórios (tempo de procedimento, técnica); pós-operatório (tempo de internação; complicações). Resultados: amostra de 63 pacientes, com média de idade de 8 anos. 80,9% apresentavam vômitos, sinal de Bloomberg em 63,5% e dor abdominal difusa em 71,4%. Realizado hemograma em 43 pacientes, com 72% de leucocitose e 51,2%, bastonetose; radiografia abdominal em 12 e ultrassonografia em 47,6%. 31,7% realizaram apendicectomia laparoscópica, enquanto 68,3%, apendicectomia aberta. Não houve diferença entre os grupos quanto as condições da cavidade e características do apêndice. O grupo da cirurgia aberta teve 52,3% de apendicectomias complicadas, complicação pós-operatória em 2,3% e tempo de internação médio de 3 dias, já no da laparoscópia, 60% foram complicadas, 10% com complicação pós-operatória e 2,9 dias de tempo de internação médio. Conclusão: o presente estudo permite afirmar, com limitações estatísticas, que não há diferença entre apendicectomia aberta e videolaparoscópica quanto ao tempo entre a admissão e o procedimento, tempo de internação e complicações pós-operatórias, sendo relevante a diferença no tempo do procedimento.