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Hipertireoidismo clínico em paciente com mola hidatiforme: relato de caso
Author(s) -
Elis Camara Francischetto,
Laís Veiga Campanharo,
Alice Fernandes de Carvalho,
Rubens Bermudes Musiello,
Rachel Torres Sasso,
Antônio Chambô Filho,
Carmen Dolores Gonçalves Brandão
Publication year - 2021
Publication title -
revista de medicina
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1679-9836
pISSN - 0034-8554
DOI - 10.11606/issn.1679-9836.v100i1p84-89
Subject(s) - gynecology , medicine
Introdução: A doença trofoblástica gestacional (DTG) constitui um grupo de doenças responsável pela produção de elevados títulos de hCG, podendo levar a possíveis complicações como hipertireoidismo e, em situações mais graves, a crise tireotóxica. O hipertireoidismo está presente em apenas 5% dos casos de DTG, sendo importante seu diagnóstico precoce. Relato de Caso: Paciente feminina, 49 anos, G6PC2A3, apresentou-se no pronto socorro relatando sangramento vaginal irregular por 4 meses, hiperêmese, irritabilidade, tremores, palpitações, xerostomia e histórico de abortos de repetição. Ao exame ginecológico, notou-se sangramento em borra de café através do orifício externo do colo uterino, e ao toque bimanual, massa pélvica acima da cicatriz umbilical. USG/TV mostrou volume uterino de 1302 cc³ e imagens correspondentes à DTG. TSH e T4L de 0,015 mU/L (VR: 0,4 – 4,5 mU/L) e 2,34 ng/dL (VR: 0,7 – 1,8 ng/dL) respectivamente, e dosagem plasmática do BhCG > 225.000 mUI/mL. Ao exame físico, demonstrou tireoide discretamente aumentada de consistência parenquimatosa e reflexo aquileu pouco exaltado. Ausência de histórico familiar para tireoidopatias e rastreio dos anticorpos anti-TPO, anti-TG e TRAb negativo. A paciente foi submetida a Aspiração Manual Intrauterina (AMIU). Em razão da manutenção dos níveis elevados de BhCG, foi solicitado nova USG/TV cujo resultado sugeriu DTG. Devido ao alto risco de neoplasia, ausência de focos metastáticos e prole constituída, optou-se por realizar histerectomia total abdominal, com salpingectomia bilateral e preservação dos ovários bilateralmente, como forma de tratamento. O TSH normalizou em 0,5 mU/L após procedimento cirúrgico. O histopatológico evidenciou Mola Invasora. Conclusão: Doenças que cursam com elevação do hCG podem levar a um quadro de hipertireoidismo secundário. Apesar desta patologia estar presente em apenas 5% dos casos de DTG, o médico não pode ignorar a importância de sua investigação para um diagnóstico precoce, com vistas a evitar complicações mais severas como por exemplo, a crise tireotóxica.

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