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Subjetividade feminista em devir: a individualidade humana de Emma Goldman entre a filosofia e o teatro
Author(s) -
Larissa Guedes Tokunaga
Publication year - 2021
Publication title -
cadernos de ética e filosofia política
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2317-806X
pISSN - 1517-0128
DOI - 10.11606/issn.1517-0128.v39i2p252-265
Subject(s) - philosophy , humanities , subjectivity , feminism , sociology , gender studies , epistemology
O feminismo antipredicativo de Emma Goldman incita ao cotejo de seu prisma anarquista com o de uma filosofia de ontologia radical, uma transversalidade que resgata a matriz do ideário anarquista, a saber: o indivíduo. A partir do presente artigo, pretende-se realizar um diálogo entre o conceito de “individualidade humana” propugnado por Goldman e os ideários de Max Stirner e Henrik Ibsen, leituras de cabeceira da autora. A filosofia stirneriana, ao rechaçar as mediações externas, contribuiria para a valorização do “eu” enquanto bastião da revolta contra as instituições hegemônicas, ao passo que o teatro social moderno ibseniano estimularia a anarquista a entrever na arte um instrumento de consciência voltada à autonomia da mulher, a qual passaria a questionar sua objetificação e a se autogovernar enquanto ser humano. O devir, que imprimiria a marca de incongruência em relação a quaisquer modelos programáticos de insurgência, se consubstanciaria em um feminismo antipredicativo crivado pela filosofia e teatro dessubjetivadores/subjetivadores.

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