
ANÁLISE DO PERFIL DOS GESTORES DE ESPAÇOS MAKERS
Author(s) -
Pâmela Cardoso da Rosa,
Maurício Moreira e Silva Bernardes,
Underléa Miotto Bruscato
Publication year - 2018
Publication title -
gestão and tecnologia de projetos
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1981-1543
DOI - 10.11606/gtp.v13i1.134484
Subject(s) - humanities , political science , philosophy
Os espaços makers são espaços comunitários onde os membros compartilham o acesso à ferramentas com a finalidade de produzir bens físicos. Estes locais surgiram concomitantemente a outras manifestações da cultura maker e objetivam inspirar seus usuários a transformar ideias abstratas em produtos reais. Os gestores destes espaços iniciaram seus históricos como makers e devido ao empreendorismo em pequena escala, incentivado pelo movimento, tornaram-se empresários dos seus espaços. Estes empresários tendem a desenvolver negócios estreitamente relacionados com as suas áreas de interesse pessoal e as suas paixões. Ou seja, ao considerar os gestores como tomadores de decisão, capazes de definir as políticas e estratégias adotadas na organização, observa-se que as motivações de cada indivíduo influenciarão nas decisões tomadas a respeito do espaço. Neste contexto o perfil do gestor é crucial para o direcionamento do espaço, tendendo a moldar o perfil organizacional do mesmo. O presente artigo investiga o perfil do gestor por meio de uma análise qualitativa exploratória, baseada na aplicação de entrevista semiestruturada a três gestores de espaços makers em Porto Alegre - RS. No qual, gerou-se, três tipologias de perfil dos gestores de espaços makers com base na seleção dos resultados relacionando-se com a literatura: (1) gestor de espaço maker empresário, que caracteriza-se por uma alta consciência social e orientação para o futuro; (2) gestor de espaço maker artesão, que caracteriza-se pela fidelidade à educação e às práticas tradicionais; e (3) gestor de espaço maker tecnológico, que apresenta um perfil curioso para novas tecnologias e apoia a colaboração em redes digitais. Este último está estreitamente relacionado a uma parte do movimento maker que o entende como uma manifestação de práticas oriundas do acesso à novas tecnologias emergentes, como por exemplo, a fabricação digital. O desenvolvimento deste estudo trouxe um entendimento de que os espaços makers podem convergir na sua estrutura física, entretanto, terão características distintas que são geradas de acordo com o perfil da sua gestão.