
Sincretismo de um carnaval no Rio das Pérolas: o caso de Macau
Author(s) -
Ana Saldanha
Publication year - 2020
Publication title -
extraprensa
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2236-3467
pISSN - 1519-6895
DOI - 10.11606/extraprensa2020.175071
Subject(s) - humanities , art , philosophy
O filósofo e pensador russo Mikhail Bakhtin afirma que o ser humano tem a capacidade de assumir duas vivências distintas: numa delas, o Homem encontra-se sujeito à hierarquia e procura levar uma vida com seriedade e em conformidade com padrões e normas sociais, conquanto na outra se encontra liberto de constrangimentos. É nesta última que uma manifestação cultural como o carnaval ganha vida e forma. Será a partir da acepção bakhtiniana de que o carnaval permite uma representação invertida da realidade da qual emerge que procuraremos compreender a forma como confluíram no (já desaparecido) carnaval macaense, culturas, identidades e expressões linguísticas, as quais, por sua vez, são o resultado de um sincretismo cultural que permitiu a formação de uma cultura, especificamente, macaense.