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Fundamentos kantianos da filosofia da linguagem de Walter Benjamin
Author(s) -
Rafael Guimarães Tavares da Silva
Publication year - 2019
Publication title -
pandaemonium germanicum
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1982-8837
pISSN - 1414-1906
DOI - 10.11606/1982-8837223651
Subject(s) - philosophy , humanities
Partindo de considerações sobre os escritos precoces que Benjamin dedicou à questão da linguagem – sem descuidar de outros escritos do mesmo período –, pretendemos sugerir a importância que a reflexão de Kant teve para a formulação de seu pensamento linguístico. Nesse sentido, voltamo-nos principalmente para a Segunda Parte da Crítica da Faculdade de Juízo, na qual é desenvolvido e trabalhado o importante conceito de “Zweckmässigkeit” (“conformidade a fins”), sobretudo a partir de uma reflexão sobre a perfeição da natureza, em sua dimensão teleológica. Benjamin retoma esse conceito e – elaborando uma série de imagens sobre a dimensão natural da linguagem, na linha do que propunha um pensador como Humboldt – desenvolve uma filosofia da linguagem a um só tempo natural e teológica. Depois de demonstrar textualmente a existência dessa relação entre a Faculdade do Juízo Teleológica de Kant e a filosofia da linguagem do jovem Benjamin, pretendemos sugerir que este último cede àquilo que o filósofo de Königsberg considerava a ilusão natural da razão, pois, ao postular uma “afinidade meta-histórica entre as línguas”, fundamentada no conceito suprassensível de “die reine Sprache” (“a língua pura”), Benjamin aborda algo que escapa à possibilidade de experiência humana e propõe desdobramentos dogmáticos a partir daí.

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