
Gewänder als Parerga. Zu Herders „Plastik“
Author(s) -
Natalie Binczek
Publication year - 2004
Publication title -
pandaemonium germanicum
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1982-8837
pISSN - 1414-1906
DOI - 10.11606/1982-8837.pg.2004.68289
Subject(s) - humanities , art , philosophy
O artigo analisa o ensaio de J. G. Herder sobre escultura, particularmente a relação entre ver e sentir, exterior e interior, superfície e corpo, pintura e escultura na teoria estética da segunda metade do século XVIII. A intenção de Herder é a fundação de uma arte escultural autônoma a partir da fisiologia do tato, não realizada, contudo, através do ato de tocar, mas através da imitação visual ao se observar a estátua. Neste sentido, a distintividade da escultura não estaria apenas na natureza compacta do corpo, mas na tensa relação entre o compacto e sua articulação, os acessórios. Na tensão entre o trabalho e os acessórios – erga e parerga –, as roupas das estátuas constituem uma adição “morta”, que perturba o efeito do corpo “vivo”. As roupas “molhadas” das estátuas da antiguidade, por outro lado, seriam tão “transparentes” que pareceriam uma segunda pele. Esse tipo de parerga não representa algo supérfluo ou inconveniente, mas sim um elemento necessário da arte da escultura, cobrindo – mas não completamente negando – o interior orgânico que faz referência à morte.