Directions of Existence: Indigenous Women Domestics in the Paris of the Tropics1

Resumen Enquanto a maior parte da literatura sobre populações indígenas enfatiza o apego aos lugares, tomando qualquer movimento fora dos territórios tradicionais como uma perda de identidade, o caso da mobilidade das mulheres Tukano do Alto Rio Negro para a cidade de Manaus, no Brasil, ilustra a importância da mobilidade e agilidade, mais que permanência ou territorialidade, como importantes recursos. Fugindo de condições de trabalho forçado, as mulheres Tukano encontram na cidade vários meios de subsistência através de hábeis negociações de vários tipos. Este artigo revisa suas trajetórias urbanas, a partir da formação de uma organização sem fins lucrativos, a AMARN. Com base nesta associação, as mulheres encontram agência na criação de espacialidades que utilizam ao mesmo tempo a visibilidade do centro urbano e o anonimato da periferia. Ao defrontar‐se com os desafios da vida urbana, na cidade conhecida como a “Paris dos Trópicos”, as mulheres da AMARN direcionam ativamente sua própria existência.