PRÁTICAS PEDAGÓGICAS: LÍNGUA ESCRITA E SURDEZ

Este estudo teve como propósito investigar e analisar as práticas pedagógicas de ensino da língua portuguesa escrita, em escolas especiais de orientação bilíngue (língua brasileira de sinais e língua portuguesa escrita). O procedimento de coleta de dados foi observação de uma sala de aula do quinto ano do Ensino Fundamental I, totalizando 120 horas/aula. Com as contribuições teóricas de Vygotsky (1997 e [Vygotsky, Lev S., 2000]), Ferreiro ([Ferreiro, Emília, 2001]) e Soares ([Soares, Magda, 2009] e [Soares, Magda, 2010]), a análise dos dados permitiu concluir que as atividades didáticas desenvolvidas não favoreceram a apropriação da língua Portuguesa escrita, na medida em que a relação estabelecida entre a língua de sinais tendeu a empobrecer a dimensão dos textos, que o processo de ensino da linguagem escrita se apresentou como codificação da língua de sinais, sem a diferenciação entre as duas línguas e que as dificuldades na apropriação da língua portuguesa escrita decorreram dos processos pedagógicos utilizados em sala de aula.