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A indústria têxtil desempenha papel importante na economia de muitos países e constitui um dos setores mais poluidores, especialmente, pela liberação de corantes têxteis de degradação recalcitrante nos corpos d’água. Azocorantes e seus produtos de degradação são mutagênicos e carcinogênicos, o que suscita avaliação do impacto desses poluentes em organismos do ecossistema. Em geral, peixes ficam expostos a xenobióticos por duas vias: ingestão ou contato direto. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a morfologia da pele e intestino de peixes expostos ao corante Preto Reativo 5 por 30 dias. Para o ensaio toxicológico, 24 exemplares de Danio rerio foram divididos em quatro grupos: Controle (água da torneira); I (6 ppm); II (8 ppm) e III (10 ppm). Animais inteiros, foram submetidos às técnicas histológicas de rotina e Imunohistoquímica. Análises morfométricas foram realizadas no intestino delgado e na pele da região ventral. Não houve mortes durante a experimentação, os peixes mantiveram comportamento normal de natação e de alimentação. Após o experimento os tecidos do intestino e da pele de todos os animais apresentaram arquiteturas morfológicas sem modificações. Necrose, apoptose, formação de edema e perda de aderência também não foram observados. A pele apresentou aumento de células mucosas e de sua espessura (p<0,05). No intestino, observou-se aumento das vilosidades intestinais, de células em proliferação e células caliciformes (p<0,05). Através do presente trabalho foi possível confirmar a subletalidade das concentrações estudadas e foi demonstrando que a exposição ao corante PR5 causou alterações epiteliais na pele e no intestino.

Avaliação morfológica de pele e intestino de peixes expostos ao corante preto reativo 5