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Resumo A sustentabilidade no ambiente urbano é central nas discussões sobre o futuro das cidades, uma vez que as reivindicações sociais reclamam pelo direito às cidades mais sustentáveis. Pensar a cidade de hoje e do amanhã significa pensar o habitar, sob a perspectiva dos diversos agentes envolvidos e dos muitos reflexos que esse exerce na cidade. Assim, a participação das comunidades é meio fundamental para o processo de projeto, da produção do habitar e da própria cidade sustentável. Contudo, a participação efetiva tem sido pouco valorizada ou relegada a um papel inócuo e fictício. Causa estranhamento pensar a cidade sustentável quando pouco ou nada se considera sobre as pessoas e o lugar onde moram, vivem e trabalham. Se a lógica da sustentabilidade é desenhada sobre os recursos a serem preservados para gerações futuras, como isto pode ser realizado sem o envolvimento da sociedade do presente? Neste sentido, o objetivo desta pesquisa é resgatar experiências bem sucedidas do envolvimento das comunidades em processos participativos para a produção do habitar urbano. Como estudo de caso foram selecionadas as Operações SAAL Serviço de Apoio Ambulatório Local, realizadas em Portugal. A análise direciona-se para a compreensão das diretrizes do programa, as circunstâncias ambientais e sociais de cada local onde o programa se realizou, a produção arquitetônica e urbanística e as metodologias dos processos participativos realizados. É esperado compreender as condições, métodos e estratégias a fim de identificar possíveis tendências para sua reintrodução na metodologia de projeto habitacional mais sustentável.

A POLÍTICA URBANA VANGUARDISTA DO SAAL: REINTRODUZINDO A PARTICIPAÇÃO NO PROCESSO DE PROJETO