
O Parangolé e a expressão da identidade migrante
Author(s) -
Vera Horn
Publication year - 1969
Publication title -
travessia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2594-7869
pISSN - 0103-5576
DOI - 10.48213/travessia.i70.257
Subject(s) - humanities , identity (music) , art , queen (butterfly) , sociology , aesthetics , hymenoptera , botany , biology
O artigo analisa o romance Porto il velo adoro i Queen (2008), de Sumaya Abdel Qader, italiana de origem jordaniana e palestina, no qual procura desconstruir os estereótipos relacionados a essa condição dupla e aos “fardos” identitários que lhe são impostos. A consciência de estar ao mesmo tempo dentro e fora leva a protagonista da obra a questionar os conceitos de identidade cultural, casa e pertencimento e a refletir sobre o desafio de viver uma identidade complexa em um processo de contínuas mudanças e construções. Busca-se estabelecer relações com o parangolé, criação artística de Helio Oiticica, em 1964, que só se revela inteiramente na interação com o usuário. O conceito de identidade em caminho expresso por Agualusa, as identidades fragmentárias de Stuart Hall ou a “celebração móvel” da identidade levada a cabo pela protagonista da obra literária, associam-se à dimensão móvel do parangolé, que se transforma continuamente e não demarca um território.