A extrema direita na Argentina pós-peronista entre a sacristía e a revolução: o caso de Tacuara

In this work, we analyzed the case of the Tacuara movement. It
consisted of a far-right movement which began to act publicly in Argentina in 1958, and underwent a series of splits motivated by confrontations between the conservatives and Catholic appeasers on one side, against groups that sought an alliance with the Peronist movement and like-minded unions after the National Revolution. The latter group was based on an authoritarian, corporatist, antidemocratic and anti-Semitic ideology, but which was also anti-imperialist, populist, and in some occasions, anti-capitalist. Such views converted the Tacuara movement, and particularly the groups which regarded themselves as revolutionaries, into an appropriate viewpoint to discuss the pertinence of the concept of fascism for post-war Latin America, exploring the possibilities of applying to that continent a concept that arose to explain specifically European phenomena.

En este trabajo analizamos el caso del movimiento Tacuara. Se trata de un grupo de extrema derecha que comenzó a actuar públicamente en Argentina a partir de 1958, mas que llegó a sufrir una serie de divisiones motivadas por el enfrentamiento entre los sectores conservadores y entreguistas católicos por un lado y, por los grupos que, después de la Revolución Nacional, buscaron conectarse con el peronismo, en particular, los sindicatos de esa orientación. Este segundo grupo se fundamentaba en una ideología autoritaria, corporativista, antidemocrática y antisemita; sin embargo, también era antiimperialista, populista y, en algunas ocasiones, anticapitalista. Tales orientaciones convirtieron al movimiento Tacuara y, en particular, a los grupos que se consideraban revolucionarios, en un punto de vista apropiado para discutir la pertinencia del concepto de fascismo para América Latina durante la Post Guerra y las posibilidades de aplicación en el continente de un concepto que surgió para dar cuenta de fenómenos específicamente europeos. Neste trabalho analisamos o caso do movimento Tacuara. Trata-se de um grupo de extrema direita que começou a atuar publicamente na Argentina, em 1958. O grupo sofreu uma série de divisões motivadas pelo enfrentamento entre os setores conservadores e entreguistas católicos por um lado, e pelos grupos que, após a Revolução Nacional, buscaram conectar-se com o peronismo, particularmente, com os sindicatos dessa orientação. Este segundo grupo fundamentava-se numa ideologia autoritária, corporativista, antidemocrática e antisemita, porém também antiimperialista, populista e, em algumas ocasiões, anticapitalista. Tais orientações converteram o movimento Tacuara e, em particular, os grupos que se consideravam revolucionários, em um ponto de vista apropriado para discutir a pertinência do conceito de fascismo para a América Latina no Pós-Guerra, explorando as possibilidades de aplicação neste continente de um conceito que surgiu para dar conta de fenômenos especificamente europeus