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Le choix de la méthode à l’origine d’une enquête internationale n’est pas qu’une question d’ordre technique ou scientifique mais a des implications politiques majeures. Dans une perspective de sociologie qualitative de l’action publique, cet article analyse les fonctions politiques remplies par la méthode au fondement du programme PISA de l’OCDE entre 1995 et 2008 à travers l’expérience particulière de la France. L’article met en évidence que les fonctions politiques remplies par la méthode diffèrent selon les étapes de l’instrumentation de l’action publique. Lors de la conception de l’enquête, la méthode constitue un outil puissant de problématisation de l’action publique. Lors de sa mise en oeuvre, elle remplit une fonction de contrôle social. La réception de PISA en France enfin montre que la méthode a un pouvoir très important de structuration du débat public dans la mesure où elle prédétermine fortement les usages politiques et cognitifs qui peuvent en être faits.Choosing the method at the basis of an international survey is not only a technical or a scientific issue since the method has deep political implications. This article analyses the political functions carried out by the method at the origin of the OECD’s PISA program through the particular national experience of France (1995-2008). Adopting the standpoint of a qualitative sociology of education policies, it shows that the political functions of the method are different according to the sequences of the policy process. During the conception of PISA at the international level, the method strongly contributes to formulate the problems that must be addressed, how and by who. During the implementation in France, the method is a powerful tool of social control. Concerning the reception of PISA in France, the method highly structures the national policy debate by predetermining the possible cognitive and political uses of the survey.A seleção de um método para a realização de um inquérito internacional não é apenas uma questão de ordem técnica ou científica, é também uma questão com implicações políticas significativas. Numa perspetiva de sociologia qualitativa da ação pública, este artigo analisa as funções políticas do método que está na base do programa PISA da OCDE entre 1995 e 2008 através da experiência particular da França. O artigo evidencia que as funções políticas do método diferem segundo as etapas da instrumentação da ação pública. Durante a conceção do inquérito, o método constitui um instrumento que contribui intensamente para a problematização da ação pública. Durante a implementação, o método realiza uma função de controlo social. A receção do PISA em França mostra, no final de contas, que o método tem um poder muito importante na estruturação do debate público, na medida em que pré-determina fortemente os seus usos políticos e cognitivos

Les méthodes des enquêtes internationales et leurs fonctions politiques.