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Neste trabalho discutimos a atuacao dos movimentos camponeses brasileiros e peruanosante os respectivos regimes militares. Para tanto concentramo-nos na atuacao deentidades como a Confederacao Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) criada pouco antes do golpe militar de 1964  e da Confederacion Campesina del Peru,que ja tinha um trabalho expressivo antes da tomada do poder pelos militares em 1968.Inicialmente, analisamos as conjunturas anteriores aos respectivos golpes militares,chamando a atencao para as mobilizacoes de camponeses e o temor que despertaramentre liderancas das forcas armadas. Esse temor levou-as nao apenas a repressao, mastambem a buscar saidas para cooptar os movimentos camponeses. Posteriormenterefletimos a respeito da interacao entre as entidades estudadas e as burocracias civis emilitares durante os periodos ditatoriais. Aqui cotejamos o legalismo da entidade brasileirae as mudancas de perspectivas de sua homologa peruana, que apos seria crise veriaparte de seus lideres aceitarem a reforma agraria efetivada pelo general-presidenteVelasco Alvarado. Enquanto isso, no Brasil, nao se aplicava a reforma agraria, agoraprevista em lei, mas a mesma continuava como bandeira nas maos da Contag.Finalmente pensamos o papel das entidades nas conjunturas de transicao e da gravecrise economica e politica da decada de 1980. Trabalhamos metodologicamente com aanalise historico-social comparada.

A FOICE FACE AO TANQUE: ORGANIZAÇÕES DE TRABALHADORES RURAIS FRENTE AOS REGIMES MILITARES NO BRASIL E NO PERU (1961-1988)