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Este artigo tem como objetivo analisar se e como cenários para investigação estão presentes na prática docente em aulas de Educação Financeira. O estudo foi conduzido em uma sala de aula de uma escola pública municipal de Garanhuns/PE, que atende turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental e envolveu a utilização de uma atividade de livro didático de Matemática sobre consumo responsável caracterizada como possuindo pouco potencial para criar cenários para investigação. Foram observadas aulas de oito professores, mas serão discutidos neste artigo os resultados da pesquisa realizada na aula de uma docente com sua turma de 2º ano do Ensino Fundamental. A professora organizou a aula em dois dias: no primeiro, levou os alunos ao supermercado para comprar ingredientes para fazer a receita do lanche; no dia seguinte, ela trabalhou com a atividade sugerida pelos pesquisadores e teve sua aula observada de forma não participante. No decorrer dos diálogos, na sala de aula, foi possível perceber indícios de criação de cenários de investigação a partir de convites feitos pela professora e que foram aceitos pelos estudantes, e de falas que envolveram reflexões e relatos de experiências sobre a temática da atividade sobre consumo responsável. Além disso, pudemos observar indícios, presentes nos diálogos, de que os convites para construir cenários para investigação emergiram não apenas da professora, mas também dos estudantes, quando eles indagam e sugerem pontos que poderiam ser integrados às reflexões.

“Tem que comprar a marca mais cara?”: Cenários para investigação em aulas de Educação Financeira