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Although considered a crop with great potential for the diversification of the Brazilian fruit growing, there are still many aspects poorly elucidated on the handling of red pitaya, particularly in vegetative propagation. Thus, the present study was performed in order to evaluate the effect of rootings and types of cuttings on rooting of red pitaya. The experiment was conducted in a greenhouse, being tested rootings [absence, recommended dose of IBA (acid indolbutírico) (3,000 mg L-1) and commercial rooting gel] and types of cuttings – etiolated, standard and vigorous. The levels of both factors were arranged in a 3 × 3 factorial scheme, with four randomized blocks and two useful plants per plot. At 90 days were evaluated: survival and rooting of cuttings, length of biggest root (LR), root width (RW), mass of fresh roots (MFR), dry mass of roots (DMR), fresh weight of shoot (FWS), dry weight of shoot (DWS), total dry weight (TDW), number of side emissions (NSE), sum of the length of side emissions (SLSE) and shoot-root relation (SRR). It was concluded that the use of rootings and types of cuttings affect the rooting of red pitaya. Vigorous cuttings exempt the use of rootings and are the most recommended for the red pitaya plants production system. In lack of vigorous cuttings, is convenient application of rooting gel to improve the rooting of plants propagated by standard or etiolated cuttings. Morfologia de propágulos e auxina exógena na estaquia de pitaia vermelha Rooting of red pitaya in function of rootings and morphological caracteristics of cuttings Mayara Mader Alcântara Barroso1* Edmilson Igor Bernardo Almeida2 Márcio Cleber de Medeiros Corrêa3 João Paulo Cajazeira3 Ronialison Fernandes Queiroz3 Iana Maria de Souza Oliveira3 Morfologia de propágulos e auxina exógena na estaquia de pitaia vermelha 351 Rev. Cienc. Agrar., v. 60, n. 4, p. 350-357, out./dez. 2017 já o AIB convencional deve ser diluído em diluído em água e álcool para a concentração desejada que pode ser a que melhor se adeque a cada cultura. O efeito do AIB em estacas estioladas e vigorosas de pitaia vermelha, também permanece desconhecido, e há poucos relatos sobre a melhoria de enraizamento em estacas de comprimento padrão, estimado em 25 cm. Diante disso, o presente trabalho foi realizado com o intuito de avaliar o efeito de enraizadores e tipos de estacas, no enraizamento de pitaia vermelha. 2 Material e Métodos O experimento foi conduzido em casa de vegetação localizada no setor de Horticultura do Departamento de Fitotecnia, Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza (CE) (3o43’02” de latitude S e 38o32’35” de longitude WGr; altitude de 19,6 m) (IPECE, 2016). De acordo com a classificação de Köppen (1918), o clima é do tipo Aw’. Trata-se de uma região pertencente ao grupo de clima tropical chuvoso, com temperatura média anual de 26,5 °C. O experimento foi realizado em 90 dias (abril a julho de 2014), com temperatura média nesses meses de 27,1 °C. O delineamento estatístico utilizado foi o de blocos casualizados (DBC), em esquema fatorial 3 × 3, com quatro repetições e duas plantas úteis por parcela. O primeiro fator representou os enraizadores [ausência, dose recomendada de AIB (3.000 mg L-1) e gel enraizador comercial (Sela Gel, constituído por 3.000 mg L-1 de AIB)] e o segundo fator, os tipos de estacas (estiolada, padrão e vigorosa). Trabalhou-se com três tidos distintos de estacas, tipo Estiolada tipificada conforme Merten (2003), tipo Padrão com características definidas conforme os resultados obtidos por Lima (2013), Marques et al. (2011) e Pontes Filho et al. (2014) para H. undatus e o tipo Vigorosa para serem testadas como uma extrapolação biométrica às estacas padrão. As estacas tipo Estiolada, apresentaram comprimento médio de 48 cm e diâmetro médio de 29 mm; as estacas do tipo Padrão exibiram 23 cm de comprimento médio e 39 mm de diâmetro médio; já as estacas vigorosas expressaram comprimento e diâmetro médios de 45 cm e 43 mm, respectivamente. As estacas foram coletadas em plantas matrizes adultas, cultivadas sob mesmas condições de água, nutrientes e luz, exceto as estacas estioladas, que foram coletadas em matrizes adensadas e auto-sombreadas. Após a coleta, o material foi lavado em água corrente e posto à secagem ambiente (±25 °C e ±70% de UR), durante o intervalo de 60 min. Posteriormente, fez-se um corte transversal na região de inserção das estacas no substrato, de modo a possibilitar a exposição do tecido interno à solução de auxina exógena. A aplicação do AIB foi feita pela imersão da porção terminal da estaca (cerca de 2 cm da base da estaca) na solução de 3000 mg L-1 de AIB, durante 30s, tempo e melhor concentração indicada por Pondes Filho et al 2014. A aplicação do gel enraizador comercial foi realizada pela rápida imersão, de 3 s, da porção terminal da estaca (3mm) na solução de acordo com o indicado pelo fabricante. Os cladódios submetidos ao tratamento “ausência”, foram imersos em água destilada. Após a aplicação, as estacas imersas em gel enraizador comercial passaram por um período de repouso de 10 min, 1 Introdução A pitaia vermelha é uma cactácea frutífera, semi-epífita, com caules modificados, de forma estrelar, denominados cladódios. O sistema radicular é fasciculado e superficial, mas a planta pode emitir também raízes adventícias que crescem por toda a extensão dos cladódios com o intuito de ajudar na fixação da planta a estruturas de suporte (Mizrahi, 2014; Ortiz-Hernández & Carrillo-Salazar, 2012). É originária das Américas e atualmente se expandiu no Brasil, sendo considerada uma fruta exótica com elevado potencial agronômico e econômico. Os maiores produtores mundiais de pitaia vermelha são Colômbia e México (Donadio et al., 2009; Silva et al., 2011). O cultivo da pitaia vermelha no Brasil é muito recente, e teve início a aproximadamente 15 anos, em Itajobi/SP. Desse período, em diante, foram iniciados cultivos comerciais no estado de São Paulo, e, atualmente, há áreas comerciais em Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco (Silva, 2014). No Ceará, a produção está concentrada na Chapada do Apodi, mais precisamente nos municípios de Limoeiro do Norte e Quixeré. As áreas de cultivo são recentes e estão em fase de aprimoramento quanto ao manejo agronômico e à rentabilidade da exploração comercial (Nunes et al., 2014). A propagação de pitaia vermelha é comumente assexuada, através de estaquia. As plantas originadas por esse método iniciam o florescimento após um ou dois anos do plantio. Além da precocidade na produção, a propagação por estaquia, de cladódios inteiros ou segmentados, possibilita obter plantios uniformes, com características fenológicas e qualidade de frutos, necessárias ao mercado (Andrade et al., 2007). Lima (2013) e Marques et al. (2011) constataram que mudas de pitaia (Hylocereus undatus) propagadas por estacas de 25 centímetros (cm) de comprimento enraizaram melhor que as de menor tamanho (<25,00 cm). De acordo com Santos et al. (2010), o comprimento da estaca pode afetar o crescimento inicial de pitaia devido a sua relação com as reservas de carboidratos e conteúdo de auxinas endógenas. Pontes Filho et al. (2014) acrescentaram que a aplicação de 3000 mg L-1 de AIB potencializou a qualidade de enraizamento de estacas de pitaia com comprimento médio de 25 cm, porém não há estudos para comprimentos superiores a este, seja em estacas vigorosas ou estiolados. De acordo Almeida et al. (2016a), a aplicação de auxina exógena, na base de estacas, favorece a iniciação de raízes adventícias de H. undatus. Segundo Galvão (2015), o AIB é um dos fitoreguladores mais usados para estimular o enraizamento de estacas, pois é compatível com a maioria das espécies, mesmo em altas doses. Lone et al. (2010) complementaram que o ácido indolbutírico (AIB) é pouco afetado por enzimas de degradação de auxinas, proporciona maior rapidez na produção de mudas e possibilita maior uniformidade de enraizamento. Além da utilização do AIB na forma convencional, há disponíveis no mercado várias opções de enraizadores que podem facilitar o manejo no viveiro de mudas, devido à vantagem de estarem aptos à aplicação imediata, entretanto essas fontes comerciais não foram cientificamente testadas em pitaia vermelha. As formulas comerciais já vem prontas para utilização, em concentração predeterminada pelo fabricante,