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O Brasil é responsável por 93% dos casos de hanseníase no continente americano. No Pará, foram registrados em 2014, 3.432 e em 2013, na cidade de Belém, foram encontrados 181 novos casos. Evidenciar o perfil clinico e epidemiológico de portadores de hanseníase através de análise e contabilização das fichas de notificação de hanseníase nas Unidades Básicas de Saúde no município de Belém. Pesquisa retrospectiva de natureza observacional, onde foram analisadas todas as fichas de notificação de hanseníase, do período de 2000 a 2015, disponíveis em todas as UBS de Belém do Pará, preenchidas completamente, de indivíduos de diferentes faixas etárias e ambos os sexos com diagnóstico fechado. Foram analisadas 786 fichas de notificação de portadores de hanseníase, em que a maioria é procedente do município de Belém, na faixa de 30 a 40 anos, do sexo masculino, apresentando entre 1 e 5 lesões, sem acometimento de nervos, na forma clínica dimorfa, com grau zero de incapacidade, na forma multibacilar da doença, maioria em casos novos, detectados através de encaminhamento, com baciloscopia positiva, realizando esquema terapêutico MB/12, e que mantiveram contato com até 5 pessoas antes do início do tratamento. Os dados obtidos neste trabalho reforçam a necessidade da realização de estudos epidemiológicos regionais, para se conhecer melhor a distribuição da hanseníase, possibilitando criar estratégias para contribuir com a prevenção, o diagnóstico e o tratamento precoce, diminuindo a probabilidade de ocorrerem as incapacidades e deformidades da patologia, contribuindo assim para o melhor controle da doença.

ANÁLISE DAS FICHAS DE NOTIFICAÇÃO DE HANSENÍASE DAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DE BELÉM DO PARÁ