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A população idosa tem crescido demograficamente em relação à população jovem nos últimos anos no Brasil. A velhice pode ser compreendida como a última etapa do ciclo vital, atravessada por vários acontecimentos, dentre eles as alterações psicomotoras, sociais e cognitivas. Nesse cenário, verifica-se a sexualidade como inerente a qualidade de vida do ser, porém, esta é repleta de mitos e tabus, principalmente quando relacionada à sexualidade feminina. A sexualidade tem sido investigada a partir de várias perspectivas, a exemplo os Contos de Fadas. Estes contos abordam temas universais, influenciando na maneira como as pessoas reproduzem e percebem o mundo, bem como no desenvolvimento da personalidade do indivíduo. Desse modo, esse estudo objetiva relatar a vivência de uma oficina, cuja temática envolveu as narrativas dos contos de fadas e a experiência de vida das participantes, sendo realizada com 12 idosas, no segundo semestre de 2018, em uma Instituição de Ensino Superior localizada em Campina Grande, Paraíba. Trata-se de um estudo descritivo, de natureza qualitativa, cujos instrumentos de coleta dos dados foram à observação participante e a matriz FOFA. Os dados apontam que os contos de fadas atuam como elementos reprodutores do sistema patriarcal em que estão imersos, reafirmando os preconceitos e limitações que subjugam a mulher frente a sua sexualidade. Estes últimos se agravam na velhice feminina, devido às idosas serem consideradas desprovidas de sensualidade e sexualidade.

Idosas e suas percepções da sexualidade feminina a partir dos contos de fadas