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During pregnancy there are several physiological adaptations that affect the respiratory, digestive, nervous, circulatory, urinary, and musculoskeletal systems. The hormonal changes associated with uterine growth can cause the stretching of the abdominal muscles, especially in the rectus abdominis muscle, leading to the emergence of rectus abdominis diastasis. Objective: Quantify the diastasis before and after the Pilates method. Methods: Clinical trial, longitudinal cohort, and quantitative character. Consisting of 9 pregnant women aged between 18 and 40 years, between 16 and 30 weeks of gestation. The diastasis was evaluated in the umbilical scar and 4.5 cm above and below it, with the aid of the caliper. The pregnant women performed 10 Pilate’s sessions twice a week for 40 minutes. After completing the 10 sessions the pregnant women were reevaluated. Results: The pregnant women had a higher umbilical diastasis and the Pilates method had no effect on reducing this diastasis during pregnancy. Conclusion: The Pilates method during pregnancy was not effective in reducing ARMD. Keywrds: Physiotherapy, Diastasis, Pilates. 1 INTRODUÇÃO A gestação caracteriza-se por um período de inúmeras adaptações metabólicas, circulatórias e musculoesqueléticas (LANDGRAF, 2017). No sistema musculoesquelético, acontecem mudanças importantes no período gestacional, destacando-se no músculo reto abdominal a diástase. (MICHELOWSKI; SIMÃO; MELO, 2014). As alterações provocadas pela progesterona, estrogênio e relaxina, associadas ao crescimento do útero podem ocasionar o estiramento dos músculos abdominais, principalmente do músculo reto do abdome (RETT; et al, 2008). Esse alongamento extremo da musculatura abdominal é necessário para que ocorra o crescimento do útero ao longo da gestação e podendo chegar a 20cm e ocorre de forma que as duas faixas musculares, que antes eram paralelas, afastam-se a partir da linha alba, acarretando o surgimento da diástase dos músculos reto-abdominais (DMRA) (BEZERRA; NUNES; LEMOS, 2011), condição definida como uma separação do reto abdominal da linha alba. A falta do suporte dessa musculatura pode ocasionar em menor proteção ao feto e, em casos graves, a DMRA pode causar herniações de vísceras consequente a separação da musculatura do abdômen. Essas alterações podem instalar-se desde o início até o final da gestação, podendo perdurar no puerpério período em que a mulher retorna ao seu estado pré-gravídico; ele tem início após a saída da placenta, que pode ser de uma a duas horas após o nascimento do bebê, e dura de 6 a 8 semanas. O puerpério pode ser classificado em imediato (1o ao 10o dia), tardio (11o ao 45o dia) e remoto (além de 45 dias) (FREITAS, 2008; HALL, 2001; RETT; et al, 2008). A DMRA não provoca desconforto nem dor, entretanto, com a distensão excessiva, pode haver interferência na capacidade da musculatura abdominal na estabilização do tronco, gerando Brazilian Journal of health Review Braz. J. Hea. Rev, Curitiba, v. 3, n. 6, p. 17038-17050. nov./dez. 2020. ISSN 2595-6825 17040 maior predisposição ao desenvolvimento de dor lombar. A DMRA apresenta incidência menor em mulheres com bom tônus abdominal antes da gravidez. A incidência, duração e complicação a curto e longo prazos da diástase abdominal na gravidez não têm sido bem investigadas. Sua ocorrência é mais comum na gestação e no pós-parto imediato (ROCKENBACH; MOHR; WINKELMANN, 2012). Quanto à localização, a diástase ocorre mais comumente na região umbilical (DU), apresentando incidência de 52% dos casos. Todavia, existem também: a diástase supra umbilical (DSU), que apresenta incidência de 36% dos casos e a diástase infra umbilical (DIU), que apresenta incidência de 11 % (SILVA; LEMOS; OLIVEIRA, 2009). Rett; et al. (2008) e Polden; Mantle (2000) relatam que a DMRA apresenta maior prevalência em mulheres obesas, multíparas, que apresentam músculos abdominais flácidos ou pelve estreita. Em grande parte das gestantes acometidas, a separação dos músculos é nítida, podendo variar entre 2 a 10 centímetros. Para Baracho (2014), qualquer DMRA com valor acima de 2,5 cm poderá interferir na capacidade da musculatura abdominal de estabilizar a coluna lombar. A atuação do fisioterapeuta de acordo com Michelowski; Simão; Melo (2014) e Chiarello; et al. (2005) tanto na prevenção como no tratamento da DMRA, possibilita a melhoria da qualidade de vida da paciente e trazem benefícios como a redução e a prevenção das lombalgias, melhora no condicionamento físico, restrição do ganho de peso, melhora da imagem corporal, além de melhor recuperação física pós-parto. Assim, podem ser utilizados exercícios que proporcionam o fortalecimento da musculatura abdominal, a exemplo da contração isométrica deles. Dentre os diversos tipos de exercícios indicados para gestantes destaca-se o mais praticado ultimamente, o método Pilates. O método Pilates foi criado e descrito por Joseph Hubertus Pilates no início da década de 1920 (1880-1967) e oferece ao paciente respeito e o autoconhecimento corporal por um todo, atuando no preparo corporal e na autoconfiança de quem o pratica, incluído a qualidade da respiração, o alongamento da estrutura corporal, fortalecimento e propriocepção corporal (LATEY, 2001). O método Pilates tem como base um conceito denominado de contrologia. Segundo Pilates, contrologia é o controle consciente de todos os movimentos musculares do corpo. É a correta utilização e aplicação dos mais importantes princípios das forças que atuam em cada um dos ossos do esqueleto, com o completo conhecimento dos mecanismos funcionais do corpo, e o total entendimento dos princípios de equilíbrio e gravidade aplicados a cada movimento, no estado ativo, em repouso e dormindo (PILATES, 2000). Os exercícios do método Pilates são, na sua maioria, executados na posição deitada, havendo Brazilian Journal of health Review Braz. J. Hea. Rev, Curitiba, v. 3, n. 6, p. 17038-17050. nov./dez. 2020. ISSN 2595-6825 17041 diminuição dos impactos nas articulações de sustentação do corpo na posição ortostática e, principalmente, na coluna vertebral, permitindo recuperação das estruturas musculares, articulares e ligamentares particularmente da região sacrolombar. O sistema básico inclui um programa de exercícios que fortalecem a musculatura abdominal e paravertebral, bem como os de flexibilidade da coluna, além de exercícios para o corpo todo (PILATES, 2000). Diante das várias alterações descritas que podem ocorrer durante a gestação, acredita-se que o método Pilates possa contribuir para uma melhor consciência corporal, preparação da mulher para o parto, melhora da qualidade de vida e redução das complicações pós-parto incluído a DMRA. Diante do exposto, o objetivo desse estudo foi traçar o perfil sócio demográfico e obstétrico de gestantes e quantificar a DMRA antes e após o método Pilates. 2 METODOLOGIA Trata-se de um ensaio clínico, de coorte longitudinal e caráter quantitativo. A pesquisa foi realizada na Clínica de Fisioterapia do UNIPAM, no período de março a outubro de 2019, envolvendo gestantes assistidas em serviços de saúde pública da cidade de Patos de Minas. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIPAM e executado após aprovação do mesmo, com número de aprovação: parecer 3. 140. 701. A amostragem foi do tipo não probabilística por conveniência. Os critérios de inclusão foram gestação fisiológica com feto vivo, ausência de malformação congênita, idade gestacional entre 16 e 30 semanas e concordância com o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Os critérios de exclusão foram idade inferior a 18 anos e superior a 40 anos, doenças crônicodegenerativas, gestação de alto risco, presença de qualquer patologia associada à gravidez (polidrâmnio, hipertensão arterial induzida pela gravidez (HAIG), previamente diagnosticada (MESQUITA; MACHADO; ANDRADE, 1999; SANTOS; et al, 2016). Inicialmente as gestantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), após cada uma respondeu um questionário sociodemográfico, contendo perguntas sobre antecedentes pessoais e clínicos, gestação atual, gestações e partos anteriores. A mensuração da DMRA foi realizada com o auxílio do paquímetro, para quantificar a separação dos feixes dos músculos retos do abdômen ao longo da linha alba nas regiões umbilical, supra umbilical e infra umbilical (SANTOS, 2016). Brazilian Journal of health Review Braz. J. Hea. Rev, Curitiba, v. 3, n. 6, p. 17038-17050. nov./dez. 2020. ISSN 2595-6825 17042 Figura 1Paquímetro Digital Fonte: Acervo das autoras, 2019. A posição da gestante para avaliação da distância inter reto abdominal foi na posição supina, os quadris e joelhos fletidos a 90o, pés apoiados sobre a maca e membros superiores estendidos ao longo do corpo. Marcaram-se três pontos no abdômen com lápis dermatográfico e com o auxílio da fita métrica: um ponto na DU, um ponto 4,5cm acima, considerado DSU, e outro 4,5cm abaixo, considerado DIU (CHIARELLO; et al, 2005). Em seguida, solicitou-se uma flexão de tronco até que o ângulo inferior da escápula estivesse fora da maca. Nessa posição, o avaliador palpava os limites das bordas mediais dos músculos retos do abdômen e mensurava, com o paquímetro, a distância nas três regiões demarcadas (SANTOS, 2016; LANDGRAF, 2017). Figura 2Avaliação DMRA. Fonte: Acervo das autoras, 2019. Brazilian Journal of health Review Braz. J. Hea. Rev, Curitiba, v. 3, n. 6, p. 17038-17050. nov./dez. 2020. ISSN 2595-6825 17043 Após a avaliação inicial as voluntárias foram submetidas a 10 sessões de Pilates com frequência de duas vezes semanais e duração de 40 minutos. Em cada sessão foram executados 12 exercícios, sendo esses compostos por alongamentos e fortalecimentos, alguns com auxílio da bola suíça, thera-band laranja ou rosa, bola de borracha, para MMSS e MMII. Os exercícios foram divididos para iniciantes, sendo eles: One leg up and down; Side kicks: up and down; Side Kicks: Inner – Thigh Lifts; Leg Pull Front; S

Efeito do pilates na diástase em gestantes / Effect of pilates on pregnant women