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The Federal Public Administration has peculiarities that differentiate it from the private sector. However, both are looking for management methods and tools that help and improve their processes. The Theory of Constraints (TOC) as an approach to continuous improvement states that every system has a limitation. In this sense, the objective of this paper is to analyze the process of payment of continuing services from the perspective of TOC in a Federal Institution of Higher Education (IFES). As a methodology, an exploratory qualitative-quantitative research strategy was used, through a case study in an IFES, and a simulation testing improvement actions. Two types of payment processes were analyzed: 41 for Air Conditioning Maintenance and 45 for Cleaning and Conservation. The payment processes that exceeded the average period of 30 days for their finalization were highlighted, in which case 52 processes were analyzed 23 of Air Conditioning Maintenance and 29 of Cleaning and Conservation. According to the results presented, the restriction is in the settlement sector, concentrating just over 20 days to finalize the analysis and insertion in SIAFI, which results in the consequent delay in the payment of these processes, which depend primarily on the launch of settlement. Through the simulation with application of procedure manuals it was possible to improve the settlement process and identify that the standard average time of a payment process (from the adoption of new practices) is 10 days in settlement and 30 days in payment. Key-words: TOC, Public Administration, Processes. 1. Introdução A Administração Pública Federal tem como objetivo basilar cumprir os compromissos e metas assumidos com a sociedade de uma forma geral. Possui peculiaridades que a torna diferenciada em relação ao setor privado, pois, uma vez que é gerida pelo poder público, sofre uma influência mais exacerbada desse poder. Também por esse motivo, é um sistema complexo dotado de um alto índice de burocracia. Precisa, todavia, inovar tanto em aspectos políticos, como nos administrativos, já que a Administração Pública Federal é um instrumento de ação do Governo. A execução financeira orçamentária da Administração Pública Federal divide a despesa pública em três etapas: Empenho, Liquidação e Pagamento, e obrigatoriamente devem seguir esta ordem, sendo vedada a realização de qualquer despesa sem seguir essa tríade (BRASIL, 1964). Dentre as várias peculiaridades das atividades dentro do setor público quando comparado ao setor privado, as execuções financeiras se destacam, sejam pelas questões burocráticas inerentes ao setor, sejam pelas exigências fiscalizatórias que requerem procedimentos específicos para a sua execução. Devido a este argumento, procura-se justificar a demora nos pagamentos no setor público. Todavia, nota-se a enorme escala de tempo que chega a atingir em média três meses para que um fornecedor receba por uma prestação de serviço ou fornecimento de materiais e isso acontece em todas as esferas do setor público. A partir das observações citadas, surge como alternativa de verificação a aplicação da Teoria das Restrições, que é uma teoria bastante divulgada na área de Engenharia de Produção. Tem como proposta uma melhoria contínua, uma vez que, todo e qualquer sistema em algum período apresenta uma limitação ou um gargalo. A Teoria das Restrições traz a visão de que os processos são fatores de uma mesma cadeia, com relação de dependência um com os outros e que como uma cadeia, possui elos mais fracos entre os processos, os quais precisam ser fortalecidas (TSOU, 2013; ŞIMŞIT; GÜNAY; VAYVAY, 2014; OKUTMU; KAHJVECI; KARTASOVA, 2016). Tal elo fraco, agora chamado de restrição precisa ser melhorado, pois a capacidade produtiva total de uma organização sofre influência dessa limitação (OKUTMU; KAHJVECI; KARTASOVA, 2016). Pensando nisto e partindo do pressuposto de que os pagamentos no setor público possuem um processo estruturado com elos de uma ou mais cadeias interligadas entre si, cabe um estudo para se identificar se além da peculiaridade do rito da execução financeira, existem outras restrições no processo que podem ser identificadas e eliminadas. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é analisar o processo de pagamento de serviços continuados sob a perspectiva da Teoria das Restrições em uma IFES, e está estruturado em 5 partes: Após a introdução, apresenta-se o referencial teórico tratando sobre a Teoria das Restrições e suas abordagens na literatura, além da contextualiação da Administração Pública e peculiaridades da execução financeira e orçamentária como um sistema complexo e burocrático, igualmente dotado de limitações. Em seguida, descreve-se a metodologia aplicada a pesquisa, os processos realizados e analisa-se os dados coletatos. Por fim, mostrase as considerações finais acerca do estudo de caso e as sugestões de melhoria nos processos. 2. Referencial Teórico Para dar suporte ao trabalho, foi realizada uma revisão que aborda os temas relacionados à Teoria das Restrições e à organização da Administração Pública. 2.1 A Teoria das Restrições Amplamente conhecida na área de Produção, a Teoria das Restrições surgiu como uma abordagem inovadora de melhoria contínua afirmando que todo sistema, em algum momento, apresenta uma limitação ou obstáculo (COSTAS; PONTE; DE LA FUENTE; PINO; PUCHE, 2015; AGUILAR-ESCOBAR; GARRIDO-VEGA, 2016). Introduzida por Eliyahu Goldratt na década de 1980, a TOC do inglês Theory of Constraints, traz a visão de que os processos são elos de uma mesma cadeia, sendo dependentes um do outro, onde cada cadeia possui uma ligação mais fraca entre as tarefas que precisa ser fortalecida (TSOU, 2013; ŞIMŞIT; GÜNAY; VAYVAY, 2014; OKUTMU; KAHJVECI; KARTASOVA, 2016). Na literatura encontram-se muitos estudos que abordam a TOC e suas diferentes aplicações nas mais diversas áreas, porém, conforme enfocam Simşit, Günay e Vayvay (2014), o ponto comum entre os estudos é sempre o mesmo: existe uma restrição. A restrição se traduz na parte mais fraca da relação, uma vez que a capacidade produtiva total de uma empresa acaba se limitando como consequência das insuficiências existentes no processo (OKUTMU; KAHJVECI; KARTASOVA, 2016). Okutmu, Kahjveci e Kartasova (2016) explicam ainda que a TOC tem por base identificar fatores limitantes nos sistemas, os também chamados gargalos, que estejam impedindo a produção ou fazendo com que os objetivos das empresas não sejam alcançados. À luz da Teoria das Restrições toda empresa possui uma meta, e a restrição é tudo o que impede o alcance do seu principal propósito, que é ganhar dinheiro (GOLDRATT; COX, 1997; ŠUKALOVÁ; CENIGA, 2015). A TOC, então, considera que a eliminação da restrição inicial tem por consequência o surgimento de uma outra restrição, que deve ser igualmente identificada e eliminada. Daí a necessidade de se investir constantemente em melhorias (ŞIMŞIT; GÜNAY; VAYVAY, 2014; OKUTMU; KAHJVECI; KARTASOVA, 2016). Conforme Šukalová e Ceniga (2015), corroborados por Okutmu, Kahjveci e Kartasova (2016), a TOC pressupõe que são cinco as etapas cíclicas para a melhoria contínua dos processos: I) Identificar a restrição; II) Explorar a restrição; III) Subordinar tudo à etapa II; IV) Elevar a restrição; V) Caso a restrição suma, voltar ao passo I. Como o desempenho de todo e qualquer sistema é limitado por uma restrição, então, conforme esclarecem Šukalová e Ceniga (2015), Aguilar-Escobar e Garrido-Vega, (2016), primeiramente se identifica essa limitação, concentrando todas as atenções nela. Depois, se explora a restrição, otimizando a capacidade nela existente. O terceiro passo é subordinar tudo à etapa II (exploração da restrição), respeitando o ritmo da restrição. O quarto é elevar a restrição aumentando sua capacidade a um nível acima. E por fim, o quinto passo foca no caso de a restrição ser eliminada, pois a partir daí, deve-se retornar ao passo I, identificando a nova restrição que fatalmente vai aparecer. Como nas organizações privadas, as organizações públicas também buscam por métodos e ferramentas de gerenciamento que auxiliem e melhorem seus processos (BRODBECK; HOPPEN; BOBSIN, 2016). Nesse sentido, considerando a evolução do tema e que os processos públicos igualmente possuem limitações, Librelato, Lacerda, Rodrigues e Veit (2014) afirmam que a TOC tem mostrado a cada estudo ser uma metodologia válida para a gestão dos sistemas produtivos e da área de operações. 2.2 Administração Pública Federal As organizações denominadas públicas são aquelas as quais tem como objetivo cumprir compromissos assumidos com a sociedade de modo geral, possuindo então, peculiaridades que as tornam diferenciadas do setor privado, uma vez que, são geridas pelo poder público e, portanto, sofrem mais influências e vulnerabilidades de tal poder (PAINES e FREITAS, 2018). As organizações públicas têm a necessidade de inovar em aspectos políticos e em aspectos administrativos, pois, tais organizações são instrumentos de ação governamental. É imprescindível para o gestor público que as relações se desenvolvam a partir da realidade organizacional e que ele possa compreendê-las com uma profundidade significativa (BERGUE, 2005; LEOCÁDIO e SANTOS, 2008; PRÉVE, MORITZ e PEREIRA, 2010). Ademais, as organizações públicas conforme endossam Paines e Freitas (2018) são sistemas complexos decorrentes do alto índice de burocracia existente. Em 1964, a Lei no 4.320 já trazia uma preocupação com o controle dos custos no âmbito dos serviços industriais do Estado. Em seu artigo 99, ela demonstra a necessidade do controle dos custos, através de uma contabilidade especial, destinada ao acompanhamento da execução orçamentária e da composição patrimonial. Em 1967, com o Decreto-Lei no 200, houve a primeira tentativa por parte do governo em realizar uma reforma administrativa para tornar a Administração Pública mais gerencial. Houve uma necessidade de redução da aparelhagem estatal, com redução da Administração Dir

A utilização da Teoria das Restrições no processo de pagamento de serviços continuados de uma IFES – Instituição Federal de Ensino Superior