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INTRODUÇÃO Muito se tem dito a respeito do fracasso da escola brasileira, em especial o da escola pública (Soares. 1986; Freire e Shor, 1987; Freitag, 1988). Tem-se apontado para esse problema diversas causas, mas, na minha opinião, uma dessas ainda está por ser estudada de modo mais aprofundado. Estou me referindo especificamente aos choques culturais que cotidianamente estão se reproduzindo nas salas de aulas entre professor e aluno e que revelam o quanto esses sujeitos não se entendem quando interagem com práticas letradas. Isto se deve ao modelo de escola que temos no Brasil, formado tão somente a partir das práticas letradas de um determinado grupo social.

Quando as perturbações em sala de aula estão além dos problemas de comportamento: uma análise linguística das divergências entre professor e aluno