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A cidade de Pombal, situada no alto sertão paraibano, se constituiu ao longo do século XVIII como o primeiro núcleo habitacional do sertão, organizado por um aparelho administrativo e jurídico que lhe proporcionou centralidade política no período colonial. A perda dessa capilaridade histórica, ao longo do século XIX, com o surgimento de outros núcleos urbanos, propiciou no século XX a formação de saberes disciplinadores emoldurados por professores, clérigos, intelectuais de uma elite política paraibana, membros do IHGP e comunicadores sociais legitimadores da relevância social, cultural e política de uma cidade “berço da civilização sertaneja”. Analisamos, neste breve estudo, como determinados discursos locais produziram verdades elaboradoras de uma identidade para a região, patrimonializadas nos espaços educacionais, religiosos e políticos. Argumentaremos sobre algumas representações que lutam pela centralidade histórica para Pombal e como seus usos cotidianos por meio de seus atores sociais são incorporados por meio de sua arquitetura, personagens históricos ou festas religiosas.

“Um berço para a civilização do sertão: a cidade de pombal e suas representações identitárias no interior paraibano