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Os cladóceros podem viver em micro-habitats diversos nos corpos d’água continentais, podendo ocorrer espécies com hábitos bentônicos, planctônicos e litorâneos. Várias famílias do grupo apresentam hábitos comportamentais associados a vegetação marginal. Assim sendo, o objetivo do presente trabalho foi verificar a riqueza e abundância de espécies da família Daphniidae associadas a vegetação marginal de um reservatório situado no semiárido baiano (Tanque de Aroeiras, Caetité-Bahia). Foram realizadas coletas em novembro de 2017 e março de 2018. A amostragem se deu em duas estações situadas na região litorânea do reservatório com presença de macrófitas aquáticas (E1 e E2). Em cada estação foram filtrados 50 litros de água em uma rede de plâncton com malha de 50 μm. As amostras foram armazenadas em frascos etiquetados e fixadas com formol 5%. Em laboratório, os organismos foram triados em microscópio estereoscópio e identificados até o menor nível taxonômico em microscópio óptico, com o auxílio de bibliografias especializadas. Em novembro/2017, a estação 1 que, possuía um único tipo de macrófitas (Echinochloa sp.), apresentou riqueza de três espécies (Ceriodaphnia rigaudi, Simocephalus acutirostris e Simocephalus serrulatus) e abundância de 20%. A estação 2, com o banco de macrófitas mais representativo (Nymphaea spp., Echinochloa spp. e outros dois tipos não identificados) apresentou riqueza com apenas duas espécies (C. rigaudi e S. serrulatus), porém com abundância quatro vezes maior. Durante o mês de março/2018, a estação 1 apresentou riqueza e abundância semelhantes às da primeira coleta, não havendo variação de espécies. Já na estação 2, houve um aumento na riqueza, devido ao aparecimento de Simocephalus mixtus e também na abundância, detendo 82% do total de organismos. Os dados apresentados corroboram a associação dos cladóceros as macrófitas aquáticas. Diversos autores já verificaram a alta riqueza e diversidade de tais organismos em áreas com vegetação marginal, quando comparadas a ambientes abertos. A preferência por hábitats com vegetação se dá pela grande disponibilidade de alimento e também

ASSOCIAÇÃO DE ESPÉCIES DE DAPHINIIDAE (CRUSTACEA, CLADOCERA) A MACRÓFÍTAS AQUÁTICAS