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			O crescimento nas taxas de produção de resíduos sólidos é algo preocupante, ainda mais se associado à falta de consciência ambiental da sociedade. No Município de Jequié, Estado da Bahia, Brasil, tem ocorrido ações de comunidades que residem nas proximidades de praças públicas, visando a reaproveitar resíduos sólidos para organização e conservação desses espaços. Este estudo objetivou conhecer a percepção ambiental da comunidade em torno de uma praça pública que foi revitalizada utilizando resíduos sólidos. A área de estudo foi ao redor da Praça da Amizade, localizada no Bairro Jequiezinho, em Jequié. A metodologia abarcou levantamento e análise de literatura especializada sobre o tema, observação in loco, aplicação de questionários e entrevistas. Os resultados evidenciaram que a percepção ambiental da comunidade é heterogênea, podendo ser associada aos paradigmas ambientais do antropocentrismo, ecocentrismo e, sobretudo, sustentabilidade-centrismo. Essa experiência de reaproveitamento dos resíduos sólidos demonstrou densidade, mobilização, participação social e continuidade ao longo do tempo. Os moradores em torno da praça apresentaram maior conhecimento da ação e sentido de pertencimento, se comparado aos moradores situados nas adjacências. A ação de revitalização foi unilateral pela comunidade, o que sugere ausência de governança ambiental. Neste ponto, suscitam-se investigações científicas que contemplem essa questão. Deste modo, a experiência de reaproveitar os resíduos sólidos por essa comunidade foi uma ação relacionada com a percepção ambiental e capaz de envolver os moradores no cuidado com o espaço público.			

Percepção ambiental e revitalização de praça pública por meio da reutilização de resíduos sólidos (Jequié, Bahia, Brasil)