English (United Kingdom)

https://curated-unify.zendy.io/wp-json/zendy-region/v1/featured_content/oa?rat=en

https://curated-unify.zendy.io/wp-json/zendy-region/v1/highlighted_journal/

Global: Zendy Plus annual

Presents the access of premium content as premium feature

Premium Content

Presents the keyphrase highlighting as premium feature

Keyphrase Highlighting

Presents the summarisation as premium feature

Summarisation

Insights

Presents the pdf analysis as premium feature

PDF Analysis

Presents the zaia usage as premium feature

ZAIA

Global: Zendy Tools annual

Global: Zendy Free Plan

Global: Zendy Tools monthly

Global: Zendy Plus monthly

á certo discurso, de senso comum, que apregoa a idéia segundo a qual o crítico é um artista que não deu certo, e por isto mesmo passa a criticar, destacando mais os defeitos que explicitando as qualidades da obra de arte. No entanto, se atentarmos um pouco veremos que se trata de um argumento falacioso, afinal, muitos artistas foram, eles também, críticos. Só para citar alguns: Machado de Assis, José de Alencar, Mário de Andrade, Silviano Santiago. Fazendo esse mesmo percurso, do campo da crítica para o campo da ficção, surge a escritora Salma Ferraz. Doutoranda pela Unesp, autora de diversos trabalhos críticos, a ensaísta apresenta o seu primeiro livro de contos publicado pela editora Sette Letras Em nome do homem que traz, além do conto que dá título ao livro, outros nove. Neste conto, cuja enredo se desenrola em um Seminário Teológico, há uma passagem que pode servir para ilustrar a idéia presente nos demais: “Pensava em Lutero, em Calvino, tanto sofrimento, tanta luta, tantos séculos de sangue, tudo para acabar ali resumido num único ato: teólogos trapaceando a Telesp, através de um orelhão escangalhado em pleno Shabat judeu.” Ou seja, toda possibilidade de transcendência se anula diante da presença do cotidiano, absolutamente em nada sagrado. São as situações do cotidiano que parecem dar sustentação às personagens, aos

Resenha: FERRAZ, Salma. Em nome do homem. Rio de Janeiro: Sette Letras, 1999.