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A transmissão vertical da sífilis se mantém como um grande desafio para a saúde pública, demandando novas estratégias de vigilância epidemiológica. Apesar de as medidas de controle da sífilis materna e congênita estarem disponíveis no Brasil, existem dificuldades da rede em prover o diagnóstico laboratorial da infecção durante o pré-natal. O conhecimento da prevalência da doença funciona como um importante indicador da qualidade da assistência pré-natal, fornecida pelo Sistema Único de Saúde. O presente trabalho visa identificar a soroprevalência da sífilis em gestantes e recém-nascidos em Salvador, Bahia, por meio dos métodos sorológicos treponêmicos e não treponêmicos, e determinar possíveis fatores de risco socioeconômicos, associados à chance de se adquirir a infecção, por meio de análise estatística dos dados obtidos por um questionário. A soroprevalência encontrada foi de 4,07% (31 pacientes de 762 participantes), significativamente superior à relatada nos últimos boletins epidemiológicos. Os dados socioeconômicos não apresentaram valores estatisticamente significativos, mas descrevem hábitos de risco da população gestante de Salvador que demandam mais educação em saúde, a fim de se controlar a propagação da infecção.

Sífilis em Gestantes de Salvador: Análise da Soroprevalência e Possíveis Fatores para Transmissão Vertical