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Este artigo trata do mercado de escravos no âmbito estritamente local no município de Bananeiras situado numa região alta do planalto da Borborema, área de transição entre a antiga zona da Mata Atlântica e o sertão paraibano. A região litorânea se especializou, desde a colonização no século XVI, nos engenhos de cana e o sertão na atividade criatória. A região que ora estudamos teve sua colonização por volta do final do século XVII e início do século XVIII. Bananeiras será elevada à categoria de vila em 1833. Está situada num brejo do agreste e se especializou em culturas de subsistência associadas à plantação de cana em pequena escala. Logo nas primeiras décadas do século passado, começou a produzir algodão. O café será introduzido, também em pequena escala, na segunda metade do século passado.' A historiografia, quando trata do comércio de escravos, sempre focaliza os proprietários de grandes lavouras como as de café e de cana participantes do mercado de cativos. Este trabalho focaliza o comércio de escravos entre os anos 1860 e 1888. Nosso argumento é mostrar a importância dos senhores de escravos, donos de pequenos e médios plantéis e plantadores de culturas de subsistência, na atividade de compra e venda de cativos, nos arredores da vila em questão. A partir da tabela 1, pode-se observar a estrutura do mercado de escravos da comarca de Bananeiras. Apresentamos quase três décadas de compra e venda de mancípios. Da amostragem de W7 escrituras, aparecem 249 indivíduos escravos (homens, mulheres e crianças) sendo

O Mercado de Escravos na Comarca Bananeiras, Província da Paraíba: 1860-1888