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Com base em uma biografia, Clovis Bevilaqua na Intimidade (1989), de Noemia Paes Barreto Brandao, pretendemos analisar a memoria biografica do jurista brasileiro Clovis Bevilaqua (1859-1944) a partir da analise critica do modo como certos aspectos sao utilizados como bases privilegiadas na descricao de sua vida.  As biografias de Clovis Bevilaqua apresentam tres situacoes estigmatizantes: o fato de ser filho de padre, a sua capacidade intelectual e a relacao com a esposa.  Essas situacoes, a partir da sua presenca, ausencia ou interpretacao, permitem a percepcao de dimensoes grupais e institucionais que atuam em narrativas de afirmacao/construcao da memoria e do esquecimento.  Assim, o biografismo caracteriza-se enquanto processo de sedimentacao da memoria em um espaco comunicacional de diferentes subjetividades e como modo de apreensao de uma experiencia pessoal como forma de reavaliacao do passado a partir das complexas relacoes entre individuo-grupo-sociedade.

Vida póstuma de um ilustre desconhecido: a construção biográfica de Clóvis Beviláqua (1859-1944)