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A utilização dos caracteres métricos 110 diagr1óstico sexual do crânio só pern1ite resultados seguros quando se tem conhecimento do grupo ét nico ao qual perte11 ce o, crânio , cujo sexo se deseja d·eterminar. N este c,iso, evidentem ,e11te, conhecidos os valores médios dos vários caracteres ern arnbos os sexos nesse grupo hum a110 torna-se r·2lativamente fácil o confronto e l)Cssivel111er1te o cliagr1óstico (KEEN, 1950); pcr ém rnesrr.(J n es · tas cc11dições os valores m ét ricos nen1 sempre são st.1ficientes fJara tal d!ag 11óstíco, porque tendo u1na gra11de amplitt1de de variação e1n ca d,t sexo são por demais sobrepostos. Esta a razão pela qual são con side rados mais valiosos para o diagnóstico sexual cio crânio , os cara ::: teres não métricos (BOROVANSKY, 1936). Dentre os sinais cranicscópicos, tem sido considerado como b :J1n elen1ento de diagnóstico, n.a região frontal , o arct1s superciliaris (MANTEGi-\.ZZ.t\, 1872; ROMITI, 1893; BOROVANSKY; KEEN; KAKO e AOI, 1935) . Além dêste, muitos outros caracteres foram apontados para tal finalidade (SCHAAFFHAUSEN, 1880; MOLLISON , 1938; v. EICKSTEDT, 1943) a cuja lista acTescenta-se o meato acústico externo, já examinado por THEIM-COTTBUS ( 1892) e recent ,emente ·estudado por KEEN nas particularidades de sua margem superior. Observou de fato ê~te A. que e~ta marge1n do meato acústico externo no crânio masculin(J é geralmente constituída por uma crista pronunciada separando nitidamente a parede superior do meato da parte mais baixa da superfíc'ie exocrânica da escama do temporal. E,sta crista que não deve ser confundida com a spina supra-meattim cujas variações foram estudadas por PENSA ( 190 7), corresponde à margem inferior da raiz longitudinal do arco zigomático. No crânio feminino, segundo KEEN, aquela ,crista freqü·entemente não existe e a parede superior do meato continua insensivel1nente com a sup ·erfície externa d.o osso te ·mporal. Como é sabido, a freqüência e o desenvolvimento das particularidades do crânio não são iguais nos vários grupos étnicos (MARTIN, 1928; AUGIER, 1931 e KEEN) e daí ser insegura a utilização de tais elem•entos diagnósticos. Conseqüentemente, os c·omplexos de caracteres dessa ordem podem não valer para a mesma f inatidade em todos os , . grupos etn1cos. E' mister, pois, analisar em cada grupo humano a validade de tais particularidades na diagnose sexual do crânio. E po1 se tratar de dados não métricos, portanto muito sujeitos ao subjetivismo do observador , é d·e grande importância que o mesmo observador, aplicando o mes-

Nota sôbre o valor de caracteres não métricos para o diagnótico sexual do crânio