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Transmissão de verrugas anogenitais em crianças e associação com abuso sexual
Author(s) -
Jefferson Drezett,
Raquel Molina de Vasconcellos,
Daniela Pedroso,
Márcia de Toledo Blake,
Adriana Gonçalves de Oliveira,
Luíz Carlos de Abreu
Publication year - 2012
Publication title -
journal of human growth and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.218
H-Index - 11
eISSN - 2175-3598
pISSN - 0104-1282
DOI - 10.7322/jhgd.20047
Subject(s) - sexual abuse , sexual behavior , medicine , scielo , humanities , gynecology , physics , psychology , medline , poison control , clinical psychology , political science , injury prevention , philosophy , medical emergency , law
INTRODUÇÃO: A incidência do condiloma acuminado anogenital em crianças mostra notável aumento nas últimas duas décadas, bem como o interesse por sua associação com o abuso sexual. No entanto, essa relação apresenta controvérsias quanto à etiologia da infecção, o que torna o atendimento desafiador, particularmente nos aspectos ético-legais. OBJETIVO: Revisão da literatura sobre transmissão do HPV em crianças e relação com abuso sexual. MÉTODO: Síntese de dados da consulta ao Journal Citation Reports (JCR-ISI), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline), Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs). Foram utilizados descritores MeSH Terms com sintaxes (HPV [All Fields]) AND ("Child Abuse, Sexual" [MeSH Terms]). Artigos relevantes entre 1989 e 2009 foram selecionados. Aspectos ético-legais foram consultados na legislação penal e Estatuto da Criança e do Adolescente. RESULTADOS: Diferentes formas de transmissão não sexual do HPV em crianças estão documentadas, destacando-se a transmissão vertical, auto e heteroinoculação de verrugas cutâneas, e aquisição por instrumentos. Estudos são discordantes quanto à aplicabilidade do DNA-HPV para diferenciar a transmissão sexual e não sexual das verrugas anogenitais. CONCLUSÃO: Evidências indicam que em crianças com menos de dois anos de idade a transmissão não sexual do HPV deve ser fortemente considerada na ausência de lesões genitais, de outra DST, ou de história consistente de abuso. A probabilidade de associação entre HPV e abuso sexual aumenta diretamente com a idade, principalmente após os cinco anos.