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Espécies da caatinga para uso em cortinas de segurança contra incêndios florestais
Author(s) -
Alexandro Dias Martins Vasconcelos,
Patrícia Carneiro Souto,
Arliston Pereira Leite,
Andreza Ferreira Guedes,
Valdirene Henrique Nunes,
Sérvio Túlio Pereira Justino,
Ramon Medeiros da Silva,
Gabriela Gomes Ramos,
Jacob Silva Souto,
Robson José de Oliveira
Publication year - 2020
Publication title -
revista ibero-americana de ciências ambientais
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2179-6858
DOI - 10.6008/cbpc2179-6858.2020.004.0001
Subject(s) - forestry , environmental science , humanities , geography , art
Os incêndios florestais causam inúmeros impactos socioambientais no Brasil e no mundo. A implantação de cortinas de segurança impede a propagação de um incêndio na propriedade e auxilia nas técnicas de combate. Assim, objetivou-se nesta pesquisa, avaliar a inflamabilidade de plantas da Caatinga e sua eficiência como cortinas de segurança na prevenção de incêndios florestais no semiárido paraibano. A pesquisa foi desenvolvida em campo e em laboratório. Em campo, a queima ocorreu em parcelas experimentais de 1m2 contendo 2 kg de material combustível cactáceas, folhosas e acículas de pinus, no qual determinou-se a espessura e volume da manta, umidade do material, frequência e tempo de ignição, tempo de queima, altura da chama, velocidade de propagação, intensidade do fogo, índice de combustibilidade e de severidade, temperatura do material combustível e do solo. No laboratório foi determinado o teor de cinzas e o poder calorífico superior. As cactáceas (Opuntia sp, Cereus jamacaru, Pilosocereus gounellei) apresentaram maiores tempos de ignição e menores tempos de combustão, sendo queimados somente os espinhos. A faveleira (Cnidoscolus quercifolius) não deferiu das cactáceas com relação ao tempo de combustão. O pereiro (Aspidosperma pyrifolium) e a Catingueira (Cenostigma bracteosum) apresentaram índice de severidade modernamente alto, em função do elevado poder calorífico do lenho. As cactáceas e a faveleira apresentaram menores valores de poder calorífico, sendo recomendadas para uso em cortinas de segurança. O pereiro e a catingueira apresentaram diferenças na inflamabilidade entre as partes constituintes das plantas, não sendo recomendadas como cortinas de segurança.