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Se eu digo que emudeci, nada do que eu digo estou dizendo: aspectos do diálogo entre homem e Deus em "Floema", de Hilda Hist
Author(s) -
Juliano Sippel
Publication year - 2020
Publication title -
scripta
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2358-3428
pISSN - 1516-4039
DOI - 10.5752/p.2358-3428.2020v24n50p41-62
Subject(s) - humanities , philosophy
Neste artigo analiso as categorias de tempo (SINHA; GÄRDENFORS, 2014) e aspecto (DAHL, 1985), nomeadamente aspectos do pretérito perfeito do indicativo (TRAVAGLIA, 2016; CAMPOS, 1997; CAMPOS, XAVIER, 1991) do presente do indicativo (TRAVAGLIA, 2016), do gerúndio e da perífrase estar + gerúndio (MENDES, 2005), no texto Floema de Hilda Hilst (2003). Nesse texto a autora desenvolve um diálogo entre um homem (Koyo) e um Deus (Haydum), que se materializa à sua frente. À medida que a narrativa avança, o que se observa é a representação da impossibilidade de se estabelecer comunicação direta entre Homem e divindade. Em meio a essa inviabilidade de conversa, ao analisar alguns eventos desse texto como categorias aspectuais (acabadas, não acabadas, cursivas, durativas, perfectivas, imperfectivas), procuro sistematizá-los em momentos específicos, na tentativa de encontrar uma organização textual/discursiva do confronto que ali se apresenta.