A REPRESENTAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA DA CANA DE AÇÚCAR PARA A REGIÃO DA ZONA DA MATA DE PERNAMBUCO

O artigo propõe-se a mostrar como a monocultura da cana influenciou tanto culturalmente como física e estruturalmente a região da Zona da Mata Pernambucana. A cana-de-açúcar sempre foi um destaque econômico para o Brasil, principalmente nas épocas “gloriosas” do açúcar no tocante a sua importância econômica para o mundo e principalmente para os produtores desta especiaria, encontrando na região da Zona da Mata Nordestina e especialmente na Zona da Mata Pernambucana, área mais indicada devido as condições de solo e clima propiciando, com isso, a melhor variedade de cana do país. A metodologia aplicada consiste na revisão bibliográfica de autores que estudaram a região bem como a construção de mapas temáticos que demonstram a atual situação das usinas de cana-de-açúcar na Zona da Mata Pernambucana. Os resultados nos mostram que, por causa das condições favoráveis ao seu plantio, a cana foi uma verdadeira devastadora das demais culturas que eram cultivadas na época, provocando também uma verdadeira devastação ambiental. Entretanto, a partir da Segunda Guerra Mundial, houve uma maior abertura por parte do Governo que propiciou um maior crescimento de sua produção na região Centro-Sul, principalmente no estado de São Paulo, além da descoberta dos Tabuleiros Alagoanos como área produtora, o que proporcionou o declínio da produção no estado de Pernambuco e reduziu de forma considerável a quantidade de usinas e a queda desta cultura na região.