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ATIVIDADE DE PESCA AMADORA DESENVOLVIDA NA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE GUAPIMIRIM, BAÍA DE GUANABARA, RJ
Author(s) -
Rafael de Almeida Tubino,
Bernardo Roxo Couto,
Cassiano MonteiroNeto
Publication year - 2013
Publication title -
anais uso público em unidades de conservação/anais ... encontro fluminense uso público em unidades de conservação
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2318-2148
pISSN - 2317-8752
DOI - 10.47977/2318-2148.2013.v1n2p53
Subject(s) - humanities , geography , physics , philosophy
Apesar de ser uma atividade popular, existem poucas informações sobre a prática da pesca amadora no Brasil. A falta de informações sobre o número de praticantes e o volume de captura, principalmente em ambientes costeiros, representa uma lacuna fundamental a ser preenchida, especificamente, em áreas protegidas onde o conhecimento representa um ponto chave na condução de políticas de gestão ambiental. O objetivo do trabalho é caracterizar a atividade de pesca amadora desenvolvida no interior da Área de Proteção Ambiental de Guapimirim, localizada no fundo da Baia de Guanabara, caracterizando o perfil sociocultural do praticante, a composição específica das capturas, definindo as variações de tamanho das espécies capturadas. As informações foram obtidas através do acompanhamento direto dos pescadores em abordagens durante o momento da pescaria utilizando-se um protocolo de perguntas pré-estabelecido. Cada pescador entrevistado forneceu informações sobre o seu grau de experiência, motivação, custos e tempo gasto na atividade. Dos 49 entrevistados (idade média = 51,8 anos), todos eram homens, sendo que 41% destes afirmaram ser possuidores de uma escolaridade ao nível do ensino médio; 79% tem uma frequência de pesca de 1 a 5 vezes por mês e experiência média de 14,3 anos de pesca em Guapimirim, sendo que 71% possuem embarcação própria e 83% sabem nadar. A despesa média por pescaria é de R$ 100,20 e apenas 24% são afiliados a clubes de pesca; 8% participam de torneios e somente 65% dos pescadores possuem licença para pescar. Dos entrevistados, somente 54% conhecem a área de proteção ambiental, 10% conhecem a Estação Ecológica da Guanabara. Do total, 23% não conhecem as medidas mínimas de captura dos peixes pescados na região.