Efeito da estimulação elétrica na cicatrização de feridas cutâneas em Wistar: existe protocolo a ser seguido? (Revisão de estudos experimentais)

A Estimulação Elétrica tem mostrado ter efeitos benéficos no processo de cicatrização de feridas de pele em ratos Wistar. É importante avaliar os efeitos da eletroestimulação na reparação de feridas a fim de garantir a otimização de sua prática. Objetivo: Este artigo de revisão consiste em avaliar a resposta cicatricial em ratos Wistar, tratados com a microcorrente. Material e método: Realizou-se uma busca nas bases de dados eletrônicas PubMed no período entre 1966 e janeiro 2021, Lilacs entre 1982 e janeiro 2021 e SciELO, utilizando-se os descritores “Electric Stimulation”, “Wound Healing” e “Wistar”, os quais foram selecionados segundo os Descritores em Ciências da Saúde. Os critérios de inclusão consistiram em estudos com animais wistar, tratados com eletroestimulação e publicados nas línguas inglesa ou portuguesa. Resultados: Foram selecionados seis estudos, os quais sugeriram que a corrente elétrica pode estimular a cicatrização, crescimento e a regeneração. Observou-se uma pequena quantidade de artigos relacionados à estimulação elétrica no processo cicatricial de feridas, bem como falta de padronização nos parâmetros utilizados nesses artigos, o que ainda impossibilita uma revisão sistemática. Também é consensual a preocupação com a necessidade de uniformização das doses utilizadas, visto que cada autor defende a sua aplicabilidade. Conclusão: Apesar da falta de padronização dos parâmetros para o tratamento de feridas em geral com estimulação elétrica em ratos Wistar, as análises morfológica e histológica, mostram uma resposta eficaz no reparo tecidual nas feridas submetidas às aplicações das microcorrentes nos diferentes períodos de tratamento.