Open Access
Bactérias multirresistentes e seus impactos na saúde pública: Uma responsabilidade social
Author(s) -
Juliana Jeanne Vieira de Carvalho,
Felipe Gomes Boaventura,
Anitha de Cássia Ribeiro da Silva,
Rhuana Lima Ximenes,
Luana Kamila Castilho Rodrigues,
Diego Antônio de Almeida Nunes,
Viviane Krominski Graça de Souza
Publication year - 2021
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v10i6.16303
Subject(s) - klebsiella pneumoniae , humanities , philosophy , escherichia coli , biology , biochemistry , gene
Introdução: Seres humanos convivem de modo comensal com inúmeras bactérias, porém espécies patogênicas assolaram a humanidade por milênios até o advento dos primeiros antibióticos. Entretanto, o uso indiscriminado de antibióticos, tanto em hospitais quanto na agropecuária, tem gerado altas taxas de resistência bacteriana e se tornado um problema com disrupção eminente. O presente estudo visa analisar a etiologia multifatorial dos mecanismos de multirresistência bacteriana, a prevalência das principais bactérias envolvidas nesse processo e seu impacto na saúde pública. Metodologia: Trata-se uma revisão integrativa de literatura acerca dos processos e consequências da resistência bacteriana. O critério de inclusão foi a compatibilidade com o tema e a relevância. Resultados: Analisados 46 artigos dos quais metade são artigos originais. Dentre estes, 6 artigos realizaram levantamento da prevalência de bactérias farmacorresistentes em ambientes nosocomiais, com amostragem de 646 pacientes nos quais foram isolados Klebsiella pneumoniae em 27,11%, Pseudomonas aeruginosa em 19%, seguida por Escherichia coli com 16%, e Staphylococcus aureus com 4,75%. Discussão: Com 25 a 50% das administrações antibióticas em hospitais consideradas irregulares, seu uso indiscriminado e a lenta formulação de novas opções terapêuticas, entre outros, contribuiu com o desenvolvimento de cepas bacterianas multirresistentes durante a era dos antimicrobianos. Os principais mecanismos de farmacorresistência incluem modificação antibiótica; impedimento da ação do antibiótico em seu alvo; alteração do sítio primário de ligação; e produção de alvo alternativo para burlar o efeito do fármaco. Considerações Finais: A multirresistência bacteriana aumenta a morbimortalidade, tempo de internação e gastos com insumos e equipe especializada. Estabeleceu-se como um problema que tende a agravar com o tempo, portanto, estudos abrangentes focados na prevalência bacteriana são necessários para traçar estratégias de saúde pública visando seu controle.