Óleos vegetais como promotores de permeação cutânea em formulações tópicas e transdérmicas de anti-inflamatórios: uma revisão integrativa

Esta revisão integrativa da literatura objetiva identificar quais óleos vegetais são utilizados como promotores de permeação cutânea em formulações tópicas e transdérmicas de anti-inflamatórios. Foram utilizadas as bases de dados Medline, Science Direct e BVS, constituindo dezenove estudos. Os óleos vegetais citados nos estudos foram do tipo óleos fixos (OF) e essenciais (OE) dentre eles o ácido oleico, óleo de palmiste, óleo de palma, óleo de eucalipto, óleo de cravo, óleo de chuanxiong, óleo D-limoneno, óleo de oliva, óleo de soja, óleo de canela, óleo de pinho, óleo de rícino, óleo de angélica, óleo de camélia, óleo de cyperu, óleo essencial de Zanthoxylum bungeanum, óleo essencial de manjericão, óleo essencial de alecrim. Com os resultados obtidos, evidenciou-se uma faixa de concentração entre 0,1% a 10% para os testes de permeação cutânea de promotores químicos e ainda uma gama de fatores que interferiram no percentual de permeação. OE podem modificar as propriedades do solvente e consequentemente sua ação no estrato córneo, alterando significantemente a partição e difusão de molécula do tecido cutâneo. Formulações convencionais em gel e formulações transdérmicas de microemulsão e nanoemulsão foram as que apresentaram alta taxa de permeação cutânea atingindo até 99,85% em relação a alguns produtos já presentes no mercado, como géis de diclofenaco, nimesulida e piroxicam. Nessa perspectiva a partir das pesquisas e informações sobre os constituintes e comportamento que os óleos vegetais possuem, os dados dos artigos fornecem informações importantes que mostram o impacto promissor na permeabilidade dos ativos e consequente aumento do efeito terapêutico.