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A dimensão conceitual das representações sociais dos profissionais de saúde sobre as doenças negligenciadas
Author(s) -
Charles Souza Santos,
Antônio Marcos Tosoli Gomes,
Alba Benemérita Alves Vilela,
Flávia Silva de Souza,
Luiz Carlos Moraes França,
Virgínia Paiva Figueiredo Nogueira
Publication year - 2021
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v10i11.19706
Subject(s) - humanities , philosophy
Objetivo: Analisar a dimensão conceitual das representações sociais das doenças negligenciadas para profissionais de saúde. Método: Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, apoiado na Teoria das Representações Sociais, desenvolvido em unidades de atenção primária e secundária de um município do interior da Bahia, Brasil, com profissionais de saúde. Os dados foram coletados por meio da entrevista em profundidade e submetidos a análise lexical através do software IRAMUTEQ. Resultados: Os profissionais de saúde foram distribuídos em três categorias: enfermeiros (09); técnicos de enfermagem (09) e médicos (09); em sua maioria 85,5%, do sexo feminino, com idade variando de 26 a 69 anos. O estudo concentra-se na discussão do eixo 1 denominado Conceitos, Saberes e Contextos das Doenças Negligenciadas. Discussão: O conteúdo das representações sociais dos profissionais de saúde sobre as doenças negligenciadas constitui uma dimensão conceitual que abrangeu conceitos, características e causas destas enfermidades, sustentando a ideia de contágio e transmissibilidade destas enfermidades fortalecendo o negligenciamento, o preconceito e falta de interesse desde o individual até a coletividade enraizando a cultura do descaso as populações de maior vulnerabilidade social. Conclusão: A dimensão conceitual das representações sociais dos profissionais de saúde sobre doenças negligenciadas proporcionou a construção de suas definições e causas intimamente ligadas as condições sociais, as percepções individuais e as práticas governamentais que juntos compõe uma base estruturada sobre a perpetuação destas enfermidades, incluindo as fragilidades sociais, como a ausência de conhecimentos básicos de hábitos saudáveis, o descaso social, tanto da equipe de saúde como dos gestores.