Suplementação e desempenho produtivo e reprodutivo de vacas primíparas aos 24 meses de idade

O objetivo do experimento foi analisar o desempenho reprodutivo de 42 vacas mestiças Angus primíparas aos 24/25 meses que receberam ou não um suplemento a 0,8% do peso corporal. O suplemento, com 14% proteína bruta e 70% de nutrientes digestíveis totais, foi fornecido por 30 dias pré-acasalamento, no período de transição entre pastagem cultivada para natural, sendo 23 dias em pastagem de aveia (Avena strigosa Schreb) e azevém (Lolium multiflorum Lam.), e sete dias em pastagem natural. O método de pastoreio foi o contínuo com oferta de forragem média de 1450 e 2150 kg/ha de matéria seca para pastagem cultivada e natural, respectivamente. As primíparas foram distribuídas em um delineamento inteiramente casualizado nos grupos não suplementado (controle) e suplementado conforme peso, escore de condição corporal e data de parto. Foram avaliados o desenvolvimento corporal das vacas e seus bezerros entre o início da suplementação até o diagnóstico de gestação. A suplementação não influenciou o peso e a condição corporal final das vacas (P>0,05). No entanto, o ganho diário médio das suplementadas e de seus bezerros (0,465 e 0,829 kg, respectivamente) foi superior (P<0,05) ao das não suplementadas (0,227 e 0,644 kg, respectivamente), resultando em maior peso ao desmame aos cinco meses dos bezerros (130,9 vs. 117,3 kg, respectivamente). As vacas suplementadas Aos 42 dias do acasalamento tinham maior prenhez (80,9 vs 28,6%) e ao término dos 63 dias do período a prenhez foi 80,9% vs 57,1% das não suplementadas. Vacas primíparas aos 24/25 meses de idade e que concebem têm maior peso e condição corporal ao início do acasalamento.