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Relações Raciais e de Gênero nas Telas do Cinema Brasileiro nas Narrativas Sobre a Atuação de Léa Garcia em Orfeu do Carnaval (1950-1960)
Author(s) -
Júlio Cláudio da Silva
Publication year - 2020
Publication title -
revista pluri
Language(s) - English
Resource type - Journals
eISSN - 2675-5963
pISSN - 2596-1098
DOI - 10.26843/rpv132020p41-52
Subject(s) - humanities , art , movie theater , garcia , art history
O universo das artes cênicas pode ser um lócus privilegiado de observação da presença da variável raça e gênero na sociedade brasileira? A análise, em perspectiva histórica, da trajetória de uma atriz negra de teatro, cinema e televisão, pode iluminar a presença do racismo e do antirracismo na História do Brasil? Essas e outras perguntas podem ser respondidas quando visitamos a trajetória da atriz de teatro, cinema e televisão e ativista do movimento social negro, a partir das narrativas contidas nas entrevistas e periódicos, sobre os primeiros anos de atuação de Léa Lucas Garcia, na década de 1950. Léa Garcia atuou em sete montagens do Teatro Experimental do Negro dirigida por Abdias Nascimento, no Rio de Janeiro e em São Paulo, entre 1952 e 1957. O ano de 1956 marca o início do seu trabalho como atriz profissional no teatro, ao participar da montagem de Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes. Orfeu do Carnaval (1957), dirigido por Marcel Camus, foi a sua estreia no cinema, graças a sua interpretação nesta obra, foi agraciada com o segundo lugar na premiação de melhor atriz no Festival de Cinema de Cannes.Palavras chave: Léa Garcia; Relações raciais; Orfeu do CarnavalAbstractCan the universe of performing arts be a privileged locus for observing the presence of the variable race and gender in Brazilian society? Can the analysis, in historical perspective, of the trajectory of a black actress in theater, cinema and television, illuminate the presence of racism and anti-racism in the History of Brazil? These and other questions can be answered when we visit the trajectory of the actress of theater, cinema and television and activist of the black social movement, from the narratives contained in the interviews and periodicals, about the first years of Léa Lucas Garcia’s performance, in the decade of 1950. Léa Garcia performed in seven plays at the Teatro Experimental do Negro directed by Abdias Nascimento, in Rio de Janeiro and São Paulo, between 1952 and 1957. The year 1956 marks the beginning of her work as a professional actress in the theater, by participating editing by Orfeu da Conceição, by Vinícius de Moraes. Orpheus of Carnival (1957), directed by Marcel Camus, was his debut in cinem;a, thanks to his interpretation in this work, he was awarded the second place in the award for best actress at the Cannes Film Festival.Keywords: Léa Garcia; Race relations; Orfeu do Carnaval