Repercussões bucais do uso de drogas na adolescência

Drogas são definidas como substâncias psicoativas naturais ou sintéticas que podem ser empregadas pelo homem com várias finalidades. Drogas lícitas (álcool e tabaco) e ilícitas (maconha, cocaína, oxy, crack, ecstasy, heroína, barbitúricos, dietilamida do ácido lisérgico, morfina, clorofórmio, ópio e inalantes) trazem risco incontestável a vida das pessoas. O consumo de drogas tem se tornado comum e geralmente a fase de experimentação ocorre no início ou durante a adolescência. O indivíduo quando tem algum vício por drogas lícitas ou ilícitas pode ter problemas bucais. O objetivo do presente artigo foi descrever por intermédio de uma revisão bibliográfica os efeitos do uso das drogas por adolescentes na cavidade bucal. Na maioria dos estudos consultados, verificou-se que em adolescentes existe variabilidade de sinais e sintomas provenientes do emprego das drogas e que existem alguns parâmetros que agem norteando essas manifestações como: tipo e dosagem da droga; forma como procede o uso das drogas; frequência de utilização; saúde geral do adolescente e uso motivacional. No cômputo geral, o paciente sob efeito de drogas constantemente possui sintomas de xerostomia e não possui cuidado satisfatório com sua higiene bucal, havendo prevalência aumentada de doenças periodontais e de cárie dentária nesse grupo de pacientes. Concluiu-se que a utilização das drogas lícitas ou ilícitas, inadvertidamente, na adolescência gera transtornos para a saúde bucal com consequências indesejáveis, portanto, deve-se primar por evitar o seu uso. Programas preventivos podem agir, educando os adolescentes, impedindo prejuízos à saúde oral e geral.