Open Access
Interpretação Judicial na Transição do Antigo Regime ao Constitucionalismo
Author(s) -
Michael Stolleis
Publication year - 2014
Publication title -
cadernos do programa de pós-graduação em direito - ppgdir./ufrgs/cadernos do programa de pós-graduação em direito - ppgdir./ufrgs
Language(s) - English
Resource type - Journals
eISSN - 2317-8558
pISSN - 1678-5029
DOI - 10.22456/2317-8558.52556
Subject(s) - humanities , philosophy , constitution , constitutionalism , interpretation (philosophy) , political science , state (computer science) , law , democracy , mathematics , linguistics , politics , algorithm
INTERPRETAÇÃO JUDICIAL NA TRANSIÇÃO DO ANTIGO REGIME AO CONSTITUCIONALISMO JUDICIAL INTERPRETATION IN TRANSITION FROM THE ANCIEN RÉGIME TO CONSTITUTIONALISM RESUMO: “Todas as leis precisam de interpretação” (Thomas Hobbes, Leviathan, parte 2, cap. 26). Se isso for pressuposto, uma questão essencial que surge é: quem será o intérprete e que limites ele terá que respeitar? No início do período moderno, quando o Estado absolutista surgiu, o juiz não era realmente independente, mas um instrumento obediente do príncipe. Desde a formação do Estado constitucional, o Judiciário ganhou cada vez mais independência. Em consequência, também a interpretação tornou-se “livre” – apenas limitada pelo texto da lei e da Constituição. A história da interpretação é uma história contínua de constitucionalizar o poder político no interesse dos direitos fundamentais do indivíduo. PALAVRAS-CHAVE: Interpretação; Separação dos poderes; Independência do Judiciário; Estado Constitucional. ABSTRACT: “All Lawes need Interpretation” (Thomas Hobbes, Leviathan, Part 2, chap. 26). If this is to be assumed, one essential question arises: who will be the interpreter and which limits has he to respect? In early modern period, when the absolutist state emerged, the judge was not really independent, but an obedient instrument of the prince. Since the formation of the constitutional state, the judiciary gained more and more independence. In consequence also the interpretation became “free” – merely restricted by the text of the law and of the constitution. The history of interpretation is a continuous history of constitutionalizing the political power in the interest of the fundamental rights of the individual. KEYWORDS: Interpretation; Separation of powers; Independence of justice; Constitutional state.