A Estética da Descolonização em Psicoterapia: Psicoterapia Institucional e o Paradigma Ético-Estético de Fanon

Este artigo examinará como o colonialismo e o racismo estratificam o espaço, com foco especial na produção estética e na forma como a liberdade de um indivíduo depende do “ambiente” do espaço que ele ocupa. A análise será fundamentada na psiquiatriacolonial argelina e na psicoterapia anti/de-colonial. Através de uma análise do trabalho de Frantz Fanon da Psicoterapia Institucional no Hospital Blida-Joinville, este artigo argumentará que a política decolonial de Fanon e seu compromisso coma desalienação dependeram da (re)construção do espaço dentro do hospital. Isso também se soma ao que mais tarde Félix Guattari chamaria de “coeficiente de transversalidade”. Por implicação, o argumento deste artigo pretende utilizar a abordagemespacial de Fanon para psicoterapia, a fim de obter uma leitura da Psicoterapia Institucionalem massa como tendo, em seu cerne, um foco na produção espacial e estética.