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Pombal e o Império Atlântico: impactos políticos da criação do Erário Régio
Author(s) -
Miguel Dantas da Cruz
Publication year - 2014
Publication title -
tempo
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.139
H-Index - 6
eISSN - 1980-542X
pISSN - 1413-7704
DOI - 10.20509/tem-1980-542x2014v203618
Subject(s) - humanities , political science , philosophy
A governação pombalina encerra um significado bastante consensual. Trata-se de um período marcado pela gradual concentração de faculdades decisórias no monarca e no grupo dirigente e pela introdução generalizada de dispositivos legislativos destinados a controlar a sociedade civil. Trata-se também do momento em que a administração de cariz corporativo, vigente em todos os territórios da monarquia, foi definitivamente suprimida. No entanto, os termos da consolidação do poder da Coroa, na segunda metade dos Setecentos, ainda que elencados amiúde, ficam frequentemente por esmiuçar. É necessário compreender ainda muitas das nuances envolvidas nessa transformação, nomeadamente no que toca às rotinas de governo. Este estudo revisita e discute a centralização política pombalina. Procura, em especial, aferir os contornos e as resistências ao processo desencadeado por Carvalho e Melo no quadro da coabitação do Erário Régio com as Juntas da Real Fazenda do Brasil, que, em conjunto, formaram uma das estruturas político-administrativas que melhor encapsulavam as ambições do ministro de D. José I.