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“Escrever, ser útil à sociedade”
Author(s) -
Mariana de Moraes Silveira
Publication year - 2021
Publication title -
estudos ibero-americanos/estudos ibero-americanos
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.124
H-Index - 5
eISSN - 1980-864X
pISSN - 0101-4064
DOI - 10.15448/1980-864x.2021.3.39891
Subject(s) - humanities , tribunal , art , philosophy , political science , law
Myrthes de Campos (1875-1965) é amplamente reconhecida como a primeira mulher a exercer a advocacia no Brasil. Ela se graduou em direito em 1898 e fez sua estreia no tribunal do júri no ano seguinte. Embora tenha publicado com frequência em jornais de grande circulação e em revistas jurídicas, bem como apresentado trabalhos em congressos acadêmicos, sua trajetória recebeu pouca atenção do ponto de vista da história intelectual. Este artigo apresenta uma análise de um conjunto de textos em que ela discutiu a capacidade civil das mulheres, o aborto e o tribunal do júri, procurando argumentar que “a primeira advogada” teve uma atuação mais complexa, contraditória e questionadora que as narrativas do pioneirismo e do excepcionalismo podem sugerir. Colocando os escritos de Myrthes de Campos em diálogo e em tensão com seus contemporâneos, pretende-se contribuir tanto para o estudo das mulheres como intelectuais, quanto para a compreensão de transformações por que passavam as práticas e os discursos jurídicos ao longo das primeiras décadas do século XX.

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