Mito e Religiosidade na Sociedade Líquida

O conceito de Zigmund Bauman (2001)3 acerca da Modernidade, apresenta características como individualidade, consumismo, liquidez, fluidez, apontando para uma sociedade onde tudo se resume em “bens consumíveis”, e por extensão também os “bens de salvação”, lembrando Bourdieu (2005) incluindo as relações afetivas, tudo ao alcance do click de um mouse. Nesse sentido, a “fluidez” característica do homem pós-moderno faz com que as relações sociais de establishment não tenham a concretude de outrora, pois “nada é eterno” ou duradouro, nem a religião, nem as relações afetivas, a vida profissional e familiar, são aspectos do social impregnados dessa “liquidez”. Nesse contexto, nossa pesquisa em andamento, objetiva analisar na obra de Z. Bauman como o homem pós-moderno percebe Deus, as formas religiosas e o mito. Diante dessas considerações, pergunta-se: há em Bauman uma teoria completa da religião?  A metodologia utilizada será qualitativa, com ênfase na análise textual e fontes bibliográficas e eletrônicas. Pretendemos com essa investigação compreender o pensamento baumaniano sobre a modernidade, que segundo Bauman (1998) interfere profundamente na religião e cujo aspecto permanente é a “liquidez”, apontando para uma mudança sociocultural que submerge a estrutura fixa e emerge uma estrutura extremamente móvel.